Grupo é suspeito de fraudar documentos, tomar bens de rivais e movimentar R$ 4 milhões
Dez pessoas foram presas, nesta quinta-feira (4), em cidades no Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás. Os mandados de prisão foram expedidos pela 2ª Vara Criminal de Londrina, no norte do Paraná, e cumpridos pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), na Operação Fauda. O total movimentado pela quadrilha se aproxima de R$ 4 milhões.
As investigações começaram em 2021. Na ocasião, uma mulher foi presa em flagrante usando documento falso para se passar pela companheira de um narcotraficante. Ela tentava fazer a transferência de um imóvel de alto padrão.
A partir desta prisão, foi descoberta uma associação criminosa em Arapongas. Documentos eram falsificados para registrar procurações e escrituras públicas para apropriação de de bens ilícitos.
Tais bens pertenciam, conforme informações do Gaeco, a um casal desaparecido desde 2018. Ambos são de Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul, e também são investigados por narcotráfico. Acredita-se que eles possam ter sido mortos durante uma disputa de grupos.
Os bens desse casal desaparecido foram alienados para os investigados mediante fraude. A esposa do líder da segunda organização criminosa, alvo de mandado de prisão nesta quinta-feira (4), morava na casa que era do casal.
Também foram expedidos 26 de busca e apreensão. São investigados crimes de lavagem de dinheiro, extorsão, estelionato, falsificação de documento público, falsidade ideológica, uso de documento falso e associação criminosa.
As ordens judiciais são cumpridas Arapongas (PR), Sabáudia (PR), Faxinal (PR), Jandaia do Sul (PR), Ibiporã (PR) e Guaíra (PR), Bauru (SP, Mundo Novo (MS), Dourados (MS), Goiânia (GO) e Palmeiras (GO).
Fauda, que dá nome à operação, é uma expressão árabe que significa “caos”.