Gigi Perigosa é suspeita de ser a mandante de 150 homicídios no Paraná

Mulher é apontada como líder do Primeiro Grupo Catarinense, organização criminosa que atua nos litorais do Paraná e Santa Catarina

por Jorge de Sousa
Com informações de William Bittar
Publicado em 29 out 2024, às 21h45. Atualizado às 21h47.

Presa desde 23 de outubro, Gislaine, também conhecida como Gigi Perigosa, é apontada pela Polícia Civil do Paraná (PCPR) como suspeita de ser a mandante em 150 homicídios realizados no Litoral do estado, desde 2018. Esse número equivale a 80% de todos os crimes dessa natureza na região.

Gigi Perigosa é suspeita de ser a mandante de 150 homicídios no Paraná
Líder do Primeiro Grupo Catarinense está presa desde outubro. (Foto: Reprodução/RICtv)

Gigi Perigosa é apontada também como líder do Primeiro Grupo Catarinense, organização criminosa responsável por atuar no tráfico de drogas nos litorais do Paraná e Santa Catarina.

Os homicídios apontados sob a responsabilidade da mulher estariam ligados a disputa por pontos de tráfico no Litoral do Paraná, em especial em Paranaguá, cidade um dos principais terminais portuários do Brasil.

Esses conflitos envolvem especialmente o Primeiro Comando da Capital (PPC), apontado como principal facção antagonista do Primeiro Grupo Catarinense.

Além de Gigi Perigosa, o Primeiro Grupo Catarinense apresenta uma estrutura com diversos investigados da PCPR:

  • Rafael, vulgo Carioca: marido de Gislaine e responsável por organizar o grupo junto da esposa;
  • Elias, Joede, José Eduardo, Valdecir, Jorge Fernando, Renan e Leonardo: responsáveis por planejar e executar os homicídios a mando de Gislaine. Leonardo é irmão de Gigi Perigosa;
  • Thaylize: responsável pelo armamento da organização, seja a distribuição ou para desova após os crimes;
  • Geslaine: responsável pelas fugas e lavagem de dinheiro da organização;
  • Ruan: cuidada do levantamento e logística das ações criminosas.

Entre os assassinatos promovidos pelo Primeiro Grupo Catarinense está o de Fábio, de 22 anos. O homem foi executado na frente da residência, com a esposa e a filha do rapaz tendo sido baleadas, mas sobrevivido.

A esposa de Fábio foi a responsável por identificar os executores do marido e apontou Elias e Joede como responsáveis. Ambos foram presos em flagrantes após o crime e se encontram detidos na Casa de Custódia de São José dos Pinhais.

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Gigi Perigosa e outros integrantes do grupo estão presos

Além de Gigi Perigosa, Elias e Joede, outros integrantes do Primeiro Grupo Catarinense também estão presos.

Rafael e José Eduardo estão detidos na Casa de Custódia de São José dos Pinhais junto de Elias e Joede.

Já Valdecir, Jorge Fernando, Thaylize e Geslaine são monitorados pela Justiça por meio de uma tornozeleira eletrônica.

Por fim, Renan e Leonardo estão foragidos da Justiça, enquanto Ruan foi assassinado em janeiro de 2023.

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