'Gianecchini do crime' é condenado a 19 anos e oito meses por ataque a banco

por Caroline Maltaca
com supervisão de Caroline Berticelli
Publicado em 17 nov 2021, às 19h42.

Tiago Ciro Tadeu Faria, conhecido como “Gianecchini do crime”, foi condenado a 19 anos e 8 meses de prisão pela Justiça Federal pelo envolvimento em um ataque a banco no centro de Bauru, no estado de São Paulo. O crime aconteceu em 2018, e na época, Tiago integrava um grupo que fortemente armado explodiu uma agência da Caixa Econômica Federal e roubou cerca de R$ 200 mil, além de milhares de dólares e pedras preciosas.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o réu havia sido denunciado em outubro de 2020 depois que seu DNA foi identificado em dois objetos apreendidos durante as investigações. “Gianecchini” estava preso desde o ano passado e teve a prisão preventiva mantida desde então. Condenado a mais de 19 anos, a sentença também determinou que o criminoso deverá pagar R$ 46 mil a fim de reparar os danos materiais sofridos pelo estabelecimento bancário.

O dia do crime

O ataque o qual Tiago participou, ocorreu na madrugada de 5 de setembro de 2018. Ao lado de, aproximadamente, 20 homens, o grupo usou pelo menos oito carros, inclusive blindados, para chegar ao local do crime e bloquear cruzamentos específicos da cidade de Bauru, impedindo que viaturas se aproximassem da agência da Caixa. De acordo com o MPF, os suspeitos acionaram explosivos para arrombar o cofre, deixando o estabelecimento bancário parcialmente destruído.

Conforme aponta os depoimentos, na ação, o grupo usava toucas ninja e ostentava armas potentes, de diferentes tipos e calibres, inclusive fuzis de uso restrito. O comboio de veículos pelas ruas do município chamou a atenção de policiais militares, que solicitaram o apoio de outras equipes. Houve intenso tiroteio entre os agentes e os criminosos, que chegaram a fazer um homem refém para conseguir fugir.

Investigações

Já nas investigações, foi possível identificar pelo menos oito dos envolvidos no ataque. Tiago Ciro Tadeu Faria teve seu DNA encontrado em dois objetos apreendidos em locais utilizados pelo bando durante o roubo. Seu material biológico foi coletado em uma touca do retirada de um dos veículos abandonados durante a fuga. O mesmo perfil genético também foi detectado em uma bituca de cigarro que estava em um dos imóveis alugados pela organização criminosa para servir de base para o ataque à agência bancária.

Outros crimes

Além do caso do banco, há suspeitas de que Tiago Faria tenha se envolvido em outros roubos a banco no interior de São Paulo. Num deles, em 2020, o alvo foi o Serviço Regional de Tesouraria do Banco do Brasil em Ourinhos, ocasião em que se observou semelhante modus operandi, com a ação de quadrilha fortemente armada e o uso de explosivos.