Famílias cobram respostas sobre acidente que matou atletas do Coritiba Crocodiles

Clube e famílias das vítimas cobram respostas, enquanto ANTT abre processo para apurar a tragédia. Jogadores sobreviventes relataram momentos no ônibus

por Guilherme Fortunato
com informações de Bárbara Hammes, da RICtv
Publicado em 24 set 2024, às 14h05. Atualizado às 14h06.
POST 20 DE 21

A Polícia Civil do Rio de Janeiro segue investigando as causas do acidente que matou três jogadores do Coritiba Crocodiles, no último sábado (21). O clube e as famílias das vítimas cobram respostas das autoridades. 

Famílias cobram respostas sobre acidente que matou atletas do Coritiba Crocodiles
Vítimas foram sepultadas nesta segunda-feira (23) (Foto: Reprodução / Redes Sociais)

Além da Polícia Civil, a Agência Nacional de Transportes Terrestres também abriu um processo administrativo para acompanhar o caso. Em nota, a empresa Princesa dos Campos, dona do ônibus que levava o time de futebol americano, afirmou que o veículo estava com a manutenção em dia e havia passado horas antes da viagem. 

O acidente aconteceu na manhã do último sábado, na Serra das Araras, no interior do Rio de Janeiro. O ônibus tombou a cerca de 100 km da capital fluminense, onde o Coritiba Crocodiles enfrentaria o Flamengo pelo Campeonato Brasileiro de Futebol Americano. 

Despedida

O velório dos jogadores Lucas e Daniel foi realizado na manhã desta segunda-feira (23), no Couto Pereira. O corpo de Lucas foi encaminhado ao estado de Goiás, onde reside a sua família, ele deve ser enterrado nesta segunda-feira.

Conforme informações da Prefeitura de Curitiba, Daniel Santos, será enterrado no Cemitério Municipal Água Verde. Lucas Padilha será encaminhado para o crematório Jardim da Saudade, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

Entidades e torcedores lamentam mortes em acidente com ônibus do Coritiba Crocodiles
Ônibus com a delegação tombou no Rio de Janeiro (Foto: Reprodução / Coritiba Crocodiles)

Atletas sobreviventes relatam acidente

De acordo com os relatos dos sobreviventes, a viagem estava tranquila, porém em determinado momento o veículo começou a pegar velocidade e quando os passageiros perceberam o perigo pediram que todos colocassem o cinto de segurança.

“Em algum momento a gente viu que o ônibus começou a pegar mais embalo, descer mais rápido. Começamos a gritar para que se tivesse alguém sem cinto, para que colocasse. O motorista começou a buzinar para os outros veículos saírem, para sinalizar que tinha perdido o freio. Então ele tombou, aparentemente, para minimizar. A gente caiu de prancha e foi escorregando até o barranco”, contou o atleta Felipe Raul Dias.