Familiares pedem orações pela recuperação de prefeito de Itaperuçu, internado em estado grave
Familiares do prefeito de Itaperuçu, Neneu Artigas, acompanham de perto as investigações da Polícia Civil, que prendeu no fim da tarde de terça-feira (05) Carlos Eduardo Rocha, suspeito de atropelar propositalmente a vítima, que segue hospitalizada.
Mais confiante na recuperação de Neneu, que continua internado em estado grave, mas começa a ter a sedação reduzida para sair do coma induzido, o irmão do prefeito, Lucas Artigas, contou à equipe da RICtv como a família recebeu a notícia de que o atropelador era amigo da vítima.
“É uma lamentação porque o Carlos era amigo não só do meu irmão, mas da família toda. Então pra gente foi um choque muito grande saber que foi ele que cometeu tal delito”, explicou Lucas, que é secretário de Esporte e Lazer de Itaperuçu.
Ainda bastante abalada, a família do prefeito se anima com a evolução positiva do quadro clínico de Neneu, que passou por cirurgia no Hospital Evangélico Mackenzie, em Curitiba, na terça-feira, e ficará em coma induzido pelo menos até quinta-feira (07), quando os médicos irão analisar se haverá alguma sequela em decorrência dos graves ferimentos.
“A minha mãe e meu pai no dia ficaram em choque. Todos nós ficamos. E hoje, graças a Deus, com as notícias que estão vindo do hospital, estamos conseguindo nos manter um pouco mais calmos. Mas não deixamos de ficar preocupados e nem de pedir orações a todos os populares, às pessoas que gostam do Neneu, que é uma pessoa querida em toda a região metropolitana. Se Deus quiser, em breve ele estará com a gente aqui trabalhando novamente na prefeitura’, completou Lucas.
Motivo do crime
O delegado Erineu Portes confirmou ao repórter William Bittar, da RICtv, que o motivo da tentativa de homicídio foi uma briga por causa de futebol. Carlos Eduardo não aceitou a vitória do time que o prefeito torce, o Coritiba, e por isso o atropelou.
“Ele disse que não tinha intenção de machucar, só queria dar um susto no Neneu porque o prefeito, que é amigo dele, estaria arremessando pedras e garrafas na caminhonete dele. Mas o fato não confirma porque o veículo foi periciado e não há vestígios de impacto de objetos na lataria”,
disse o delegado.
Portes também disse à RICtv que, apesar de testemunhas ouvidas na delegacia garantirem que Carlos Eduardo estava bêbado, o preso negou estar alcoolizado. Após o atropelamento, o suspeito abandonou a caminhonete em Almirante Tamandaré, também na região metropolitana de Curitiba.
O delegado o autuou por tentativa de homicídio doloso e entendeu que ele não poderia permanecer solto, respondendo o inquérito em liberdade, por considerá-lo uma ameaça às investigações. Conforme Portes, Carlos Eduardo já se envolveu em outro acidente há alguns anos, do qual fugiu sem prestar socorro e ainda ameaçou a vítima durante o processo.