Falsa operação: Tito Barrichello se reúne com delegado geral da Polícia Civil
O deputado estadual Tito Barrichello, que está licenciado do cargo de delegado, esteve reunido com o delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Sílvio Jacob Rockembach.
Conforme divulgou em nota o próprio delegado-geral, o encontro foi no gabinete de Rockembach, que informou pessoalmente o deputado que o caso da falsa operação policial realizada por Barrichello e pela esposa, a também delegada licenciada Tatiana Guzella, será encaminhado para investigação da Corregedoria da Polícia Civil.
“Rockembach informou que o caso seria encaminhado à Corregedoria Geral da PCPR para análise e apuração e que aquele tipo de ação não contava e não contaria com o aval da Instituição. … O delegado-geral ressalta que em nenhum momento falou que ações como aquela poderiam ser realizadas sob quaisquer condições, sendo qualquer informação diferente dessa uma inverdade”, disse parte da nota do delegado-geral.
Falsa operação
Conforme as imagens nas redes sociais, na noite de quinta-feira (21), usando colete da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), armas e um carro particular com plotagens parecendo uma viatura policial, Tito e Tatiana foram realizar uma suposta operação policial. Nesse sentido, eles tinham como alvo a prisão de um homem que teria mandado matar o advogado Igor Ogar, de Curitiba.
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Tanto o advogado, quanto os delegados licenciados postaram vídeos em suas redes sociais mostrando a falsa operação. Mas tudo aparentemente não passou de uma grande confusão.
O mandado, a princípio, não era por tentativa de homicídio contra o advogado. Era contra o marido de uma cliente de Igor. Ela tinha uma medida protetiva contra o marido, que foi descumprida, e por isso a justiça emitiu mandado de Lei Maria da Penha contra o marido da cliente.
Já o advogado afirmou em suas redes sociais que aquele mandado teria se transformado num subterfúgio de criminosos para “dar cabo da vida dele e da cliente”, segundo as palavras dele mesmo no vídeo. E que os delegados, acima de tudo, foram em seu auxílio para resguardar sua vida.
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O que dizem os envolvidos
Na sexta-feira (22), a reportagem da RICtv procurou todos os envolvidos. Tito e Igor, sobretudo, tentaram explicar suas versões para o ocorrido. Assim também o delegado Rodrigo Brown, do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), que ficou a cargo de investigar a falsa operação, informou que não havia nenhum mandado de prisão por tentativa de homicídio contra Igor. Apenas um de Maria da Pena contra o marido da cliente dele. Uma confusão que poucos conseguiram entender até o momento. E que Igor também não deu nenhuma queixa de tentativa de homicídio contra ele.
Fato é que o caso vai receber pelo menos três investigações diferentes: investigações sobre condutas policiais pela Corregedoria da Polícia Civil, investigação criminal pela própria Polícia Civil e também uma investigação no âmbito da Procuradoria Geral de Justiça (PGR).
Veja a reportagem completa da RICtv sobre o caso:
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