Ex-prefeito de Sarandi nega envolvimento em caso de televisores com nota fiscal falsa

Publicado em 19 jul 2022, às 12h52. Atualizado às 12h53.

O ex-prefeito de Sarandi, Carlos Alberto de Paula Junior, conhecido como De Paula, nega envolvimento com os 30 televisores encontrados na manhã desta terça-feira (19) em uma residência pela Polícia Civil. Segundo a polícia, os aparelhos tinham nota fiscal falsa, emitida por uma padaria de propriedade do ex-prefeito.

Um comunicado assinado pelo advogado do ex-prefeito explica que o escritório de contabilidade do estabelecimento verificou, no último dia 11, a emissão de uma nota fiscal dando conta da compra de 30 televisores. Por se tratar de bens estranhos à atividade da panificadora, o escritório informou a De Paula.

Segundo a nota, o ex-prefeito “imediatamente informou que o lançamento foi equivocado, pois não comprou, tampouco recebeu os televisores, sendo que a contabilidade deveria providenciar a recusa da nota fiscal”.

De Paula também divulgou um vídeo, reiterando que não tem qualquer envolvimento na aquisição dos aparelhos e na emissão da nota fiscal. Ele foi prefeito de Sarandi por dois mandatos, entre 2009 e 2016. Durante o segundo mandato, ele chegou a ser afastado por 6 meses, por suspeitas de irregularidades em licitações. No entanto, foi reconduzido à prefeitura e terminou o mandato.

Ele foi novamente candidato à Prefeitura de Sarandi nas eleições de 2020, obtendo pouco mais de 17 mil votos, ou 41,8% do total de votos válidos. Ele ficou em segundo lugar, perdendo para Walter Volpato, que obteve quase 18,7 mil votos (45,7%) e foi reeleito.

Operação da Polícia Civil

Uma operação da Polícia Civil de Sarandi prendeu um homem com 30 aparelhos de televisão com notas fiscais falsas, além de bebidas alcoólicas também sem a documentação necessária. Os aparelhos, que somados custam em torno de R$ 90 mil, seria parte de uma carga de 300 TVs que haviam sido produto de estelionato.

Os aparelhos são todos ‘smart TVs’ Ultra HD da mesma marca e com tamanho de 55 polegadas. Eles estavam em uma residência no município. Vários fardos de cerveja também estavam no local. Os televisores são parte de uma carga de 300 TVs que foram produto de estelionato, que causaram um rombo de R$ 3,5 milhões. A Polícia Civil vai investigar agora as notas fiscais utilizadas para ‘esquentar’ a carga.