Envolvidos no desaparecimento de Edna Storari são denunciados pelo MP

Publicado em 15 dez 2021, às 12h19. Atualizado às 12h37.

O Ministério Público do Paraná, por meio da Promotoria de Justiça do município de Marechal Cândido Rondon, ofereceu denúncia contra os indiciados no inquérito policial do Caso Edna Storari, empresária de Marechal Cândido Rondon.

O companheiro Luis Carlos Rissato, e os filhos dele Guilherme Henrique Rissato e Amabile Carla Rissato foram denunciados pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, por motivo torpe e feminicídio, e também por fraude processual e ocultação de cadáver. Luan Rafael Ferreira de Lima, companheiro de Amabile, foi denunciado pelo crime de fraude processual.

“ O MP entende que há elementos sólidos, apesar do corpo não ter aparecido, motivando inclusive a denúncia por ocultação de cadáver. Luis, Guilherme e Amabile mataram Edna Storari por questões econômicas. Há inúmeros elementos nos autos e durante esses quase três meses, manipularam informações, a fim de se esquivar da acusação de homicídio e também ocultaram o cadáver de Edna. O MP espera que a denúncia seja recebida pelo poder judiciário.”

Caio Marcelo Sanata – Promotor MP

Sobre o caso

O desaparecimento aconteceu na cidade de Marechal Cândido Rondon, que fica a cerca de 80 quilômetros de Cascavel, no Oeste do Paraná. O sumiço da empresária, de 56 anos, assustou os moradores da pequena cidade do interior do Paraná, que  tem pouco mais de 50 mil habitantes. 

O principal suspeito do desaparecimento de Edna, o empresário e companheiro dela,  Luis Rissato, de 60 anos, foi detido pela polícia na residência do casal no dia 7 de outubro.

filho é suspeito de ajudar a arquitetar o assassinato da madrasta e ocultar o corpo. Já a filha e o genro são suspeitos de participação no crime e de apagarem provas. 

Sumiço 

Uma das filhas da empresária recebeu uma mensagem pelo celular. O recado, supostamente da mãe, causou estranheza. Ela relatava sobre uma viagem misteriosa e um detalhe chamou a atenção; o nome da irmã, escrito errado.

O desaparecimento da mulher só foi registrado no dia 27 de setembro, quando as filhas do primeiro casamento da empresária procuraram a delegacia para relatar que a mãe estava desaparecida e que o padrasto não havia feito a comunicação do ocorrido.

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À polícia, o companheiro apresentou a versão, apontada também pela filha da mulher, de que a vítima teria viajado para o Paraguai com um casal de amigos missionários.

Com o início da investigação, surgiram as primeiras evidências de que a história apresentada pelo marido de Edna não era verdadeira, já que as roupas dela, assim como as maquiagens e joias estavam todas no lugar. Nada teria sido levado para a viagem.