Empregada alega em depoimento que Jairinho e Monique tomavam e davam remédio a Henry

por Carol Machado
Com informações do portal R7
Publicado em 15 abr 2021, às 11h41.

A empregada doméstica Leila Rosângela Mattos, que trabalhava para o casal que é investigado pela morte do menino Henry Borel, relatou em depoimento realizado nesta quarta-feira (14) que eles tomavam muitos remédios. De acordo com Leila, Monique Medeiros, a mãe de Henry, dava um medicamento para ansiedade e um xarope de maracujá para a criança.

O depoimento prestado na 16ª delegacia da Polícia Civil do Rio de Janeiro foi obtido na integra pelo portal R7. Leila não soube explicar a razão para o casal tomar os medicamentos, mas afirmou que Monique havia explicado a ela que os remédios do menino “eram dados porque Henry não dormia direito, passava muito tempo acordado”. Henry tomava o medicamento, cujo nome ainda não foi revelado, três vezes por dia.

A faxineira do casal disse que Henry “chorava o tempo todo” e vomitava de vez em quando, mas não soube informar os motivos dos vômitos. Leila relatou uma passagem em que, diante do choro do garoto, a mãe, Monique Medeiros, falou que ele era “muito mimado” e que, se ele continuasse chorando à toa, ela “levaria ele para morar com o pai dele”. A empregada afirmou que Henry teria falado que não queria morar com o pai.

As agressões contra o menino Henry

Quando questionada sobre os episódios onde o padrasto de Henry se trancava no quarto com o menino, Leila afirmou que não ouvia nenhum barulho, pois estava na cozinha. Leila ainda relatou que a babá “demonstrou preocupação com o fato de Jairinho estar trancado no quarto com Henry” e perguntou a ela qual o motivo.

Em sequência, a babá então afirmou a ela que Monique “não queria que eles ficassem sozinhos no quarto”, quando pediu para que a cuidadora do menino “fosse ao quarto, diante da preocupação então manifestada”.

Leila disse que ficou desconfiada da situação e foi ao closet, onde guardava roupas, e notou a porta fechada. Quando saiu do cômodo, “já viu a porta aberta e Henry saindo do quarto do casal, correndo”. O menino foi para o colo da babá, que estava no sofá da sala, e falou a ela “que não queria mais ficar sozinho na sala”. A empregada disse que reparou na “cara de apavorado” de Henry.

Em outro ponto do depoimento, a empregada disse ter ouvido da babá “que não queria ficar no apartamento sozinha, apenas ela e Henry”. Mesmo sem estranhar a preocupação da babá, a empregada sugeriu, então, que descessem os três juntos. A empregada disse ter ido para casa, de onde ligou para a babá para saber do estado de saúde do garoto.

As investigações do caso continuam. Henry morreu no dia 8 de março, depois de ser levado do apartamento do casal para um hospital, onde chegou sem vida.