"Eu já perdi a esperança", diz mãe do menino Brayan, desaparecido há 5 anos
A família de Brayan Raab Fonseca, criança que desapareceu no dia 19 de julho de 2017, falou sobre o caso após 5 anos de procura. “Eu não acredito que algum dia eu vá encontrá-lo, eu já perdi essa esperança”, disse Katrini Raab Rocha a mãe do menino, que em julho, completa sete anos.
O menino, que na época tinha apenas 1 ano e 11 meses, desapareceu em Cerro Azul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Brayan morava perto de um rio, o Ribeira, e estava brincando quando desapareceu.
“A gente sentiu a falta dele foi questão de um minuto a menos! Então já tinha alguém ali esperando para pegar ele”,
contou Katrini.
O garoto estava prestes a completar dois anos. O Rio Ribeira passa a 70 metros da casa. Segundo os bombeiros, havia 50% de chances de Brayan ter caído na água. Porém, para os pais, a possibilidade foi descartada.
O pai do menino, Isaias Rodrigues da Fonseca Neto, não tem dúvidas de que o filho foi levado por alguém.
“Primeiro, que o Bryan não ia pular em um rio e ele não andava no mato. Segundo, o que o bombeiro falou para gente, que uma criança naquela idade para ele chegar no rio ia demorar em média de oito a 10 minutos, se ele chegasse lá. […] Se o Brayan tivesse ido pro rio, ele seria achado no caminho”,
afirmou o pai do menino.
A mãe também acredita que uma pessoa próxima, talvez um vizinho, tenha levado o filho e que ele ainda esteja lá. “Eu acredito que seja alguém do bairro onde a gente morava, alguns dos vizinhos. No dia não passou nenhum carro estranho, não tinha pessoas estranhas por lá porque eram poucas famílias que moravam próximas por ser sítio, bairro bem distante do centro da cidade”, relembrou.
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Várias pessoas relataram, ao longo dos anos, terem visto um garoto parecido com o Brayan em três estados: Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. Coincidentemente, ele estaria sempre acompanhado de uma mulher morena. “Todas as vezes que o Bryan foi visto, foi sempre com essa mesma mulher, uma senhora morena onde ela sempre chamava ele de filho”, disse o pai.
Três anos depois do desaparecimento, o pai e a mãe decidiram ter uma irmãzinha, e hoje ela já tem 2 anos.
“Eu não acredito que algum dia eu vá encontrá-lo eu já perdi essa esperança, sinceramente. Eu acredito que talvez, como hoje a gente tem internet, eu acredito que anos mais tarde ele vai nos encontrar. Talvez ele queira buscar a história dele, não sei que história foi inventada para ele”,
desabafa a mãe de Brayan.