Delegado afirma que existem três heróis e heroínas no caso Ísis
Matheus Campos destaca papel de familiares da adolescente nos momentos em que a jovem mais precisava de apoio
O delegado Matheus Campos, que apresenta as conclusões das investigações do desaparecimento de Ísis Victória Miserski, a adolescente de 17 anos sumida há mais de dois meses, em Tibagi, nos Campos Gerais do Paraná, destacou a participação de três familiares da jovem no caso. Para o delegado, o tio, a tia e a prima de Ísis tiveram um papel heroico no caso, acolhendo e protegendo a jovem. As duas parentes da garota, por exemplo, a orientaram a levar a gravidez adiante.
“Por se tratar de uma adolescente de 17 anos, uma verdadeira menina ainda, foi normal que ela ficasse confusa e sem saber o que fazer, completamente desesperada, sem saber como contar para a família. Então ela foi buscar o investigado, inicialmente também para tentar encontrar uma forma de praticar um ato abortivo. E o investigado, em vez de falar que não, vamos assumir, ou então que fariam um teste de DNA, o investigado também foi atrás desses remédios, desses métodos abortivos”, conta o delegado, destacando que a intenção de Marcos Wagner de Souza, o suspeito pelo desaparecimento da jovem, era interromper a gravidez. Já os familiares de Ísis apoiaram a jovem.
“Enquanto o investigado ia atrás de métodos abortivos, a vítima procurou ajuda de pessoas de sua família. Existem três heróis e heroínas dentro desse caso. O tio da vítima é um verdadeiro herói, a prima da vítima é uma verdadeira heroína, e a tia da vítima também é uma verdadeira heroína. A prima e a tia estenderam a mão para Ísis no momento em que ela estava mais desesperada, no momento que ela mais precisava. E no dia 5 de junho foi realizado um teste de gravidez em que a única preocupação dela era falar com a mãe, porque a mãe era da igreja, como é que ela ia falar com a mãe. No dia 6 ela já procurava por nomes bíblicos femininos. E infelizmente, no fatídico dia, cerca de uma hora antes do fatídico encontro, a última mensagem que ela mandou para a prima foi que ela não conseguia saber qual era o nome que ela ia dar pro filho. Então, como vocês podem perceber, a motivação do crime, que inclusive foi uma qualificadora, foi torpe. Uma gravidez, uma pressão, que originou todas essas consequências gravíssimas e danosas para a família da Ísis”, complementa o delegado.
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