Confrontos entre grupos armados deixam ao menos 16 mortos na Colômbia
BOGOTÁ (Reuters) – Pelo menos 16 pessoas morreram na província de Arauca, na Colômbia, em meio a combates entre grupos armados ilegais, disse o ombudsman de direitos humanos do país nesta segunda-feira (3), acrescentando que 12 famílias foram deslocadas.
Os confrontos começaram no fim de semana em Arauca – que fica na fronteira com a Venezuela – com combates entre membros do Exército de Libertação Nacional (ELN) e dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que rejeitaram um acordo de paz de 2016. Eles disputavam o controle de economias ilegais, como o tráfico de drogas, disse o Exército da Colômbia em um comunicado na noite de domingo (2).
- Leia também:
A violência remonta a meados dos anos 2000, quando as Farc e o ELN se enfrentaram em Arauca e no vizinho Estado venezuelano de Apure. Quando os combates cessaram em 2010, mais de 58.000 pessoas haviam sido deslocadas na província e pelo menos 868 civis foram mortos, de acordo com um relatório do grupo de defesa Human Rights Watch (HRW).
Cerca de 5.000 pessoas fugiram de Apure no final de março do ano passado, em meio a confrontos entre grupos armados colombianos e militares venezuelanos. Até o momento, o HRW recebeu relatos de 24 mortes devido à violência, disse o investigador sênior do grupo para as Américas, Juan Pappier, em uma mensagem no Twitter, acrescentando que também houve deslocamentos forçados e sequestros.
- Confira:
“Estamos muito preocupados com os combates entre o ELN e dissidentes da 10ª frente das Farc em Arauca e Apure”, afirmou Pappier.
O presidente da Colômbia, Iván Duque, convocou uma reunião de líderes militares e policiais para avaliar a situação em Arauca. “Ordenei que dois batalhões sejam enviados nas próximas 72 horas para ajudar na tarefa de controle territorial”, disse Duque em uma transmissão de vídeo.
(Reportagem de Oliver Griffin)