Colombiano se declara inocente de conspirar para matar presidente do Haiti
MIAMI (Reuters) – Um ex-soldado colombiano se declarou inocente nesta segunda-feira (4) das acusações de promotores norte-americanos de que ele teria conspirado para cometer assassinato ou sequestro fora dos Estados Unidos, em ligação com o assassinato do então presidente haitiano, Jovenel Moise.
O Departamento de Justiça dos EUA em janeiro disse que Mario Palacios fazia parte de um plano que inicialmente foi concebido para sequestrar Moise e que evoluiu para assassinato após os conspiradores não conseguirem encontrar um avião para tirar Moise do Haiti.
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O advogado de Palacios, Alfredo Izaguirre, em uma breve audiência na Corte Distrital dos Estados Unidos para o Distrito Sul da Flórida apresentou a declaração de inocente e depois disse a repórteres que Palacios não estava ciente do que estava sendo planejado.
“Ele é simplesmente um soldado que foi levado da Colômbia ao Haiti”, disse Izaguirre, no lado de fora do tribunal. “Isso foi orquestrado por outras pessoas”.
Moise foi assassinado em sua residência em Porto Príncipe em 7 de julho de 2021. Ele foi atingido por 12 tiros.
Palacios fez parte de um grupo de cinco homens, conhecido como “Equipe Delta”, que entrou no quarto de Moise para matá-lo a tiros, segundo um relatório de agosto da Polícia Nacional Haitiana sobre o assassinato. Os outros quatro membros do grupo estão sob custódia no Haiti.
(Reportagem de Brian Ellsworth, em Miami; reportagem adicional de Gessika Thomas, em Porto Príncipe)
Por Brian Ellsworth