Caso Moniely: o que aconteceu no dia em que a jovem foi morta? Veja o que se sabe
A morte da jovem completou uma semana e o suspeito do crime ainda está desaparecido
A morte de Moniely Santana Ribeiro completa uma semana neste domingo (4). Ela foi encontrada morta por uma vizinha em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, no dia 28 de julho.
O principal suspeito do crime é o amigo do pai de Moniely, que segundo as investigações, se conheceram no dia do crime e estavam bebendo em uma distribuidora.
De acordo com o delegado Paulo César Ribeiro, o pai o convidou para continuar bebendo na casa onde morava com a vítima. “Pelas informações que temos, o pai estava dormindo quando aconteceu esse crime”, disse o delegado.
O que se sabe sobre a morte de Moniely Santana
Moniely Santana Ribeiro, adolescente de 13 anos, morreu degolada dentro de casa durante um churrasco. A jovem foi atacada com um golpe de faca no pescoço. Até o momento, o principal suspeito é um conhecido do pai, que estava na confraternização. O homem ainda não foi localizado.
O caso começou quando o pai da adolescente estava bebendo em uma distribuidora com mais algumas pessoas, conforme investigação da Polícia Civil. Nesse meio tempo, ele conheceu o suspeito do crime no estabelecimento e decidiram fazer um churrasco para continuar bebendo.
Câmera flagra entrada e saída de suspeito
Através das câmeras de segurança do condomínio localizado Avenida Rio Amazonas, no bairro Estados, é possível ver o momento em que os dois homens chegam em um Gol Branco, na residência onde Moniely morava com o pai. A entrada acontece por volta das 20h de sábado (27).
Durante a confraternização, o familiar da adolescente acabou pegando no sono e Moniely ficou sozinha com o suspeito. De acordo com a polícia, foi nessa hora que o ataque ocorreu.
“Pelas informações que temos, o pai estava dormindo quando aconteceu esse crime”, disse o delegado Paulo César Ribeiro, da Polícia Civil.
Em seguida, já na madrugada de domingo (28), por volta das 3h, a câmera de segurança da portaria registrou novamente a movimentação do suspeito. Dessa vez, ele é visto saindo com o carro da família. Ou seja, possivelmente em fuga após ter cometido o crime.
Vizinha encontra corpo e liga para a polícia
No condomínio ninguém escutou barulho de briga, confusão. No entanto, ao amanhecer, uma vizinha viu o corpo de Moniely Santana pela janela e chamou a polícia.
Para a RICtv, a testemunha disse que estranhou a atitude do suspeito e que foi um choque encontrar a adolescente morta.
“Pela maneira como ele saiu com o carro, bem na hora que saiu eu olhei pela janela. Ele estava com moletom cobrindo o rosto. Achei a atitude suspeita e chamei meu marido. Achei estranho o vizinho dar a liberdade do homem ficar na casa dele. Então eu fui até a casa deles, vi a porta meio aberta. Chamei os dois, mas ninguém me respondeu. Quando entrei, o pai estava dormindo e Moniely estava morta. Foi um choque”.
O dia seguinte do crime: carro é encontrado abandonado
Logo depois, na manhã de domingo (28), o Gol branco foi encontrado abandonado a poucas quadras da casa da adolescente por uma equipe da Polícia Militar. Contudo, o suspeito não foi localizado.
Investigação
Conforme a polícia, o veículo é considerado uma peça importante da investigação. “É um elemento de prova, inclusive quanto a autoria do crime. O que a gente tem que averiguar também é o horário que foi encontrado o carro e o horário do crime. Tem um lapso temporal de uma hora e pouco que pode indicar que o autor teria se desfeito da faca utilizada”, concluiu o delegado do caso à RICtv.
Discussão entre pai e filha motivou assassinato da adolescente
Conforme informações da Polícia Civil (PCPR), o crime teria sido motivado após uma discussão entre pai e filha, que ocorreu na frente do suspeito. No entanto, o pai disse à polícia que a discussão entre ele e a adolescente foi “normal”.
“Segundo a nossa investigação, que ainda caminha, teria sido uma discussão anterior ao próprio crime, envolvendo a vítima, o seu genitor, do qual o autor teria tomado as dores, vamos assim dizer do pai da vítima”, disse o delegado Paulo Cesar.
Suspeito de matar jovem degolada fugiu para São Paulo
Conforme depoimento da esposa do suspeito, o homem está em São Paulo. “Pelo relato da esposa, ele retornou para casa, mas ele já teria uma proposta de emprego em São Paulo. Foi isso que a mulher do suposto autor teria relatado. E, em razão disso, ele já teria arrumado as coisas e partido”, contou o delegado.
De acordo com as informações da RICtv, a relação entre pai e filha era boa, sem histórico de maus-tratos ou violência. Conforme os vizinhos, os dois moravam no condomínio há três meses. Conforme a mãe da vítima, a adolescente morava com o pai, pois não tinha um bom relacionamento com o padastro.
Prints apontam que adolescente era agredida pelo pai
Conforme prints de uma conversa da jovem com uma amiga, a adolescente apanhou do pai quando ele estava sob efeito de álcool. As mensagens são do dia 2 de julho, quatro semanas antes do assassinato da jovem.
Ainda conforme relatos, o quarto da jovem não tinha cama, guarda-roupa e estava com mofo. Até o momento, 10 testemunhas foram ouvidas pela PCPR, entre elas está o pai da jovem. “As informações que eventualmente nós precisávamos cruzar era as características do temperamento do pai, para saber a forma que o pai tratava a menor, a forma que a mãe tratava a menor, e o próprio gênio da vítima. Isso ai tudo tem que ser apurado no inquérito e não afasta a análise com relação à agressão ali que ela sofreu. Tudo isso aí tem que ser trabalhado em conjunto com os demais elementos”, afirmou o delegado Paulo Cesar.
Moniely Santana morava com o pai para ter liberdade, diz irmã
De acordo com o delegado, Moniely morava com o pai há um ano com o consentimento da jovem e a permissão do Conselho Tutelar. A irmã da adolescente revelou que Moniely foi morar com o pai para ter mais liberdade. “A minha irmã foi morar com o pai dela por questão de liberdade, porque minha mãe controlava ela. Não podia sair na hora que queria, não podia fazer o que queria”, explicou a irmã da vítima.
Quem é o amigo que estava com o pai de Moniely no churrasco?
O amigo que estava com o pai da adolescente e apontado como principal suspeito do crime está desaparecido.
Nas informações iniciais, dadas pelo próprio pai da menina, ele disse que conheceu o suspeito em uma distribuidora de bebidas e o convidou para ir até sua casa para um churrasco.
No entanto, um vizinho de Moniely, que também foi ao churrasco na companhia da mulher e de dois filhos, conversou com uma equipe da RICtv. Porém, ele não quis se identificar nem gravar entrevista. Na conversa com a reportagem da emissora, o homem disse que o pai da adolescente apresentou o suspeito como um amigo do trabalho. Ambos são caminhoneiros e já teriam se cruzado em viagens no passado. Além disso, o vizinho contou que correu tudo bem durante o churrasco na casa do pai de Moniely e que não houve nenhuma briga ou discussão.
Contudo, essa informação é diferente da versão apresentada por outras pessoas que foram ouvidas na delegacia. Conforme o delegado que cuida da investigação, Paulo César, houve uma briga entre Moniely e o pai. Em seguida, o amigo misterioso foi defender o pai.
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