Caso Ágatha Saraiva: tudo o que se sabe sobre a criança raptada no Paraná

Publicado em 31 jan 2024, às 11h48.
POST 3 DE 6

Foi encontrada na noite desta terça-feira (30) a menina Ágatha Saraiva, de 3 anos, na cidade de Governador Valadares, em Minas Gerais. A criança foi raptada da frente da casa da família acolhedora, em Cascavel, no Oeste do Paraná, há 20 dias, no dia 11 de janeiro.

Na situação, Àgatha foi colocada dentro de um carro e desapareceu. O veículo foi localizado no mesmo dia, ainda em Cascavel, e foi constatado que pertencia ao pai do namorado da mãe biológica da criança. A menina, no entanto, não foi encontrada, apesar as buscas.

A investigação do caso Ágatha ficou à cargo do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria). Durante o período, a polícia apurou que a mãe biológica da criança, Emilly Saraiva, e o atual namorada dela, Maicon Henrique Paco, eram responsáveis pelo rapto. A Justiça do Paraná expediu um mandado de prisão contra o casal.

Pais biológicos e investigações do caso Ágatha

Durante as buscas, a Secretaria de Assistência Social de Cascavel deu detalhes sobre a trajetória de Ágatha. Desde que nasceu, a menina foi criada por famílias acolhedoras. A mãe biológica, Emily, tinha contato com a filha através de encontros periódicos, mas elas nunca chegaram a morar juntas. Emily teve Ágatha muito jovem, ainda adolescente, aos 16 anos, e também morava com uma família acolhedora na época.

O pai biológico da criança está preso e não chegou a morar com a pequena. Ele relatou em entrevista à RICtv que nunca teve contato com a filha pessoalmente.

Após o rapto, as autoridades iniciaram imediatamente as buscas, mas Emily e o namorado conseguiram sair do Paraná e se esconderam em Minas Gerais.

Ágatha é encontrada em Minas Gerais

Após 20 dias de buscas, a pequena Ágatha foi encontrada na casa de um parente de Emily, na cidade de Governador Valadares, em Minas Gerais, na noite desta terça-feira (30). A mãe biológica e o namorado dela foram presos em cumprimento aos mandados de prisão com apoio da Polícia Civil de Minas Gerais. Eles seguem detidos nesta quarta-feira e a Justiça deve decidir se permanecerão no estado ou virão para o Paraná.

Além disso, o parente que abrigou o casal e a criança foi encaminhado para a delegacia e deve responder por favorecimento pessoal. A Polícia Civil não deu detalhes sobre como o casal e Ágatha se deslocaram até Minas Gerais, apenas disse que não foi através de transporte coletivo e que tiveram apoio do parente que os abrigava na cidade mineira.

Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (31), a Polícia Civil relatou que Ágatha já passou por exames de lesão corporal e que está bem, íntegra. “Ela não passu por nenhum tipo de situação de risco”, detalhou o delegado Diego Ribeiro.

Ágatha volta para família acolhedora

A Polícia Civil detalhou que, nos próximos dias, Ágatha será trazida de Minas Gerais ao Paraná através de um meio de transporte aéreo. Conforme informações fornecidas na coletiva de imprensa, a criança vai do Aeroporto de Cascavel direto para uma família acolhedora, sem passar por um local de transição. Segundo Hudson Moreschi, secretário de Assistência Social, a medida é para garantir a integridade da criança.

Ainda na coletiva, Moreschi contou que, durante os encontros com a filha, Emily teve acesso ao endereço da mãe acolhedora com quem Ágatha morava e que a secretaria vai reforçar os processos para evitar que isso aconteça novamente.

A secretaria de Assistência Social vai continuar acompanhando o caso.

Prisões e inquérito policial

Com as prisões de Emilly Saraiva e Maicon Henrique Paco, a Polícia Civil caminha para finalizar o inquérito policial. Segundo a polícia, Emily e o namorado ainda serão ouvidos oficialmente. O inquérito foi instaurado por sequestro. As partes serão ouvidas nos próximos dias e a polícia vai verificar se outras pessoas participaram do rapto.

Quer receber notícias no seu celular? Entre no canal do Whats do RIC.COM.BR. Clique aqui