Cabeças de gado contrabandeadas da Argentina são apreendidas no Sudoeste do PR
Três pessoas foram detidas com 41 cabeças de gado contrabandeadas da Argentina, na madrugada desta segunda-feira (25) na região de Pranchita, no Sudoeste do Paraná. Policiais receberam informação que no morro do Calvário, divisa da Argentina com o Paraná, estava sendo praticada a transferências de cabeças de gado e montaram uma ação para realizar a detenção dos envolvidos.
Dois caminhões foram interceptados, pelas equipes de Policiais de Santo Antônio do Sudoeste, quando tentavam acessar a BR-163. Três homens de 29, 42 e 46 anos, que ocupavam os veículos foram detidos.
Na carroceria dos dois caminhões foram localizadas 41 cabeças de gado, sem GTA (Guia de Trânsito Animal). Os caminhões e os animais foram apreendidos e a Receita Federal e Adapar (Agência de Defesa Agropecuária) foram acionadas.
A informação inicial apurada pela equipe policial é que a carga animal tinha como destino a cidade de Umuarama. Os detidos foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Federal de Cascavel.
Contrabando de gado
O comércio ilegal de gado é um dos graves problemas enfrentados no Brasil e tem forte ligação com a fronteira na Argentina, assim como com os estados vizinhos no Brasil. Durante a última megaoperação da Polícia Federal realizada no País, a polícia apurou a movimentação de quase 6 mil cabeças de gado ilegal, envolvendo um único fazendeiro. Somente este grupo criminoso teria movimentado mais de R$ 15 milhões.
Segundo as investigações, mais de 27 milhões de cabeças de gado foram abatidas no Brasil somente no último ano. A estimativa é que mais de um milhão de animais estavam ilegais. O contrabando bovino está entre os crimes de fronteira mais difíceis de serem identificados.
O tema foi abordado há poucos dias em uma matéria exclusiva do Grupo RIC, onde a equipe de jornalismo mostrou as dificuldades enfrentadas pelas equipes policiais, para identificar esse tipo de contrabando e também sobre os problemas sanitários.
Além do Paraná e Santa Catarina, o Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Amazonas e Roraima estão na mira da fiscalização. No Rio Grande do do Sul, nos três primeiros meses deste ano, aproximadamente 2 mil animais ilegais vindos da Argentina e do Uruguai foram identificados.
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