Baleado em confronto teria participado de chacina na CIC e assassinado advogada
O jovem Matheus Machado de Souza, baleado em um confronto com policiais militares em Ponta Grossa, na segunda-feira (4), foi preso preventivamente. O rapaz de 23 anos é o principal suspeito de assassinar a advogada Eloisa Maria Reis Guimarães, de 37 anos, executada a tiros em 18 de março. Ele também estaria envolvido em uma chacina na Cidade Industrial de Curitiba (CIC), em janeiro deste ano.
Segundo a Polícia, Matheus é investigado pelos crimes de receptação, furto qualificado, corrupção de menor e homicídio. Ele foi internado em um hospital na região de Ponta Grossa.
“Durante dois meses, praticamente, de investigações ininterruptas, a gente conseguiu provas materiais do envolvimento do Matheus, inclusive provas periciais que foram feitas no veículo utilizado no crime [assassinato de Eloisa] e também através de testemunhas.”
explica o delegado Tiago Nóbrega.
Assassinato de Eloisa
A advogada Eloisa Maria Reis Guimarães, de 37 anos, foi morta a tiros em Ponta Grossa em março deste ano. A assistente dela, que estava no mesmo carro, também foi baleada, mas chegou a ser socorrida com vida pelo Siate.
A advogada atuava há mais de 20 anos no direito criminal e uma das hipóteses investigadas pela polícia seria a ligação do crime organizado com o assassinato. Também por isso, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acompanha as investigações.
Chacina na CIC
Cinco jovens que estavam sentados em uma praça da Cidade Industrial de Curitiba (CIC) foram baleados por suspeitos que passavam pelo local em um veículo HB20. Entre as vítimas estavam dois adolescentes: Gabriel Emanuel da Silva, de 16 anos, e Jean Lima da Silva, de 15.
Eles estavam de férias da escola e, naquele dia, saíram de casa para andar de bicicleta. Na praça, encontraram os outros três jovens, que eram maiores de idade e tinham passagens pela polícia. Gabriel e Jean não resistiram aos ferimentos e morreram na hora.
A motivação, segundo a Polícia, seria o domínio de pontos de droga na região, já que Matheus tinha envolvimento com tráfico e organizações criminosas. Após a chacina, o suspeito fugiu para Ponta Grossa.
A partir da prisão de Matheus, a Polícia espera identificar os outros três suspeitos envolvidos na chacina.