Polícia investiga envolvimento de outras pessoas em morte de líder comunitária
Uma operação da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), da Polícia Civil do Paraná, realizada na manhã desta quinta-feira (18), no bairro Caximba, em Curitiba, apreendeu documentos e celulares na casa da mãe de Alexsandro Machado Fragoso. Fragoso foi preso em agosto suspeito de ter executado a líder comunitária Fabíola do Rocio Rebouças. O crime foi registrado no dia 28 de abril deste ano, mas mesmo com a prisão do principal suspeito as investigações ainda não encerraram.
A Polícia Civil acredita que outras pessoas possam estar envolvidas com o assassinato da líder comunitária. O delegado responsável pelo caso, Victor Menezes, irá analisar os conteúdos encontrados nos documentos e celulares apreendidos na operação, para desvendar mistérios que, até agora, não foram resolvidos. Entre eles está a real motivação do assassinato de Fabíola, já que Fragoso optou por ficar calado em seu depoimento e apenas negou a participação no homicídio.
A polícia afirmou também que esperava pela colaboração da população após a prisão de Fragoso, considerado um homem perigoso, mas que as principais testemunhas da morte de Fabíola ainda estão sendo ameaçadas. No entanto, apesar do mandado de busca e apreensão ter sido cumprido na casa da mãe de Fragoso, ela ainda não é uma suspeita. A mulher, inclusive, também era líder comunitária no bairro e amiga de Fabíola. Na época do assassinato, ela chegou a dar entrevista falando que esperava que o responsável pela execução fosse detido.
Relembre a morte de Fabíola do Rocio
A líder comunitária foi assassinada a tiros no dia 28 de abril deste ano, enquanto estava em uma cozinha beneficente do Caximba. As informações são de que um homem invadiu o local, mandou Fabíola ajoelhar e a matou a tiros.
De acordo com moradores do bairro, a líder comunitária dedicava a vida para ajudar as pessoas necessitadas. Ela acordava cedo todos os dias e arrecadava alimentos para distribuir cerca de 300 refeições diárias a quem não tinha o que comer. Entre as várias ações que já coordenou para a melhorar a vida de quem mora no local, que já foi área de ocupação, também está a criação de um horta para todos.