Motoboy envolvido em morte de dono de lanchonete se apresenta e conta sua versão
Ele estava desaparecido desde a morte de Antonio Gregório de Almeida, no domingo (18)
O motoboy suspeito de causar a morte de dono de famosa lanchonete de cachorro quente no bairro Uberaba, em Curitiba, no último domingo (18), se apresentou à Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o caso, na manhã desta quarta-feira (22). Ele contou sua versão sobre a briga com o patrão, Antonio Gregório de Almeida, por causa de um troco de R$ 27, conforme a polícia.
Segundo o delegado Victor Menezes, da DHPP, não somente pelo teor do interrogatório, mas sobre o conjunto de relatos, todas as informações apontam para um mesmo sentido até o momento. “Houve uma discussão entre vítima e investigado e essa briga teria sido originada em uma falha de entrega de um troco”, disse o delegado, em entrevista para a RICtv nesta quarta.
O motoboy contou que tudo teve origem quando, no dia anterior ao caso que precedeu a morte de Antônio, ele teria ido fazer uma entrega. “O cliente trocou a forma de pagamento, então a entrega do troco não foi necessária. Esse troco, quando o autor chega, cai no chão, e funcionários da empresa pegam e seu Antônio Gregório já teria pego esse dinheiro. No dia seguinte, quando o autor se apresenta para trabalhar novamente, ele é interpelado [pela vítima]: “Cadê o dinheiro?”, ainda que já tivesse com o dinheiro em mãos. E a briga evolui”, relata Menezes.
Testemunhas próximas ao dono da lanchonete foram ouvidas
Algumas pessoas também prestaram depoimento, assim como afirmaram que Antônio teria “histórico de ser uma pessoa firme e cabresto curto em relação aos funcionários”, diz o delegado. “O investigado percebe que a vítima talvez tivesse ingerido bebida alcoólica e dirige-se para conversar com a esposa da vítima. Momento em que a vítima se dirige de forma um pouco agressiva em direção ao autor”, diz.
Menezes também conta que o autor alega que a vítima o prendeu pelo colarinho e que então ele não conseguia se desvencilhar. “Nesse momento, por conta da arquitetura do local estreita, ele [motoboy] teria empurrado a vítima e ela teria caído”.
Motoboy chamou socorro para dono de lanchonete
A polícia comprovou pelo histórico de chamadas do celular que o próprio motoboy acionou o serviço de emergência, logo em seguida. “Verificamos que o celular teria uma chamada ao 192, durante quatro minutos e, portanto, ele teria sido responsável pelo acionamento do socorro”, revela Menezes.
O inquérito ainda depende de alguns resultados de perícia para a conclusão. No entanto, o delegado descarta indiciamento por homicídio doloso. “Esperamos a investigação da causa da morte para conclusão definitiva. O autor, pelo menos, não queria a morte. Não podemos falar de homicídio doloso. Teremos que investigar outras coisas”.
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