Laudo indica que não havia sangue no carro de suspeito de matar família em Umuarama
A advogada de Jean Michel de Souza falou ao Balanço Geral Maringá, nesta quinta-feira (7), que a substância encontrada no carro de seu cliente, tido como suspeito de matar a ex-companheira e sua família em Umuarama, no noroeste do estado, não era sangue. Para Josiane Monteiro, o novo laudo mostra que a autoridade policial se precipitou ao estabelecer uma ligação entre Jean e o crime cometido em agosto de 2021.
Ainda de acordo com a advogada, o laudo também informa que a substância encontrada nas roupas e na faca apreendida com Jean também não se tratam de sangue.
“Não cabe à polícia premeditar. No laudo veio que não era sangue. [Jean] passou por situações [por causa dessa certeza]”,
disse a advogada Josiane.
De acordo com a profissional, Jean continua relatando a mesma rotina no dia do crime e negando o ter cometido. Questionado sobre as digitais encontradas na residência da família, o suspeito confirma ter ido ao local para levar um presente. O suspeito segue preso em uma cela especial, em Umuarama, por ter ensino superior.
Relembre o caso
No dia 9 de agosto de 2021, três pessoas de uma mesma família foram encontradas mortas em Umuarama. No piso inferior estavam os ex-sogros de Jean, Antônio Soares dos Santos e Helena Maria Marra dos Santos. No segundo andar estava a ex-companheira, Jaqueline Soares, encontrada dentro de uma banheira. Todas as vítimas apresentavam sinais de esfaqueamento.
De acordo com a Polícia Civil, não haviam sinais de arrombamento. Ainda conforme os policiais, os veículos da família não foram levados e também não haviam sinais de que outros itens valiosos da casa tinham sido roubados.
Jean Michel de Souza foi preso em flagrante no mesmo dia, após prestar depoimento na 7ª Subdivisão Policial (SDP) de Umuarama. Segundo os policiais, ele teria ido trabalhar normalmente no dia seguinte ao crime, mesmo sabendo dos assassinatos. A defesa de Jean disse à RICtv que irá pedir à Justiça a liberdade dele.