Agente penal envolvido na morte de GM em Foz do Iguaçu é transferido de hospital
Jorge José da Rocha Guaranho, agente penitenciário federal, foi transferido de hospital na noite de segunda-feira (11), a informação é da SESP (Secretaria de Estado da Segurança do Paraná). O agente é suspeito de matar o guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda, durante uma festa de aniversário, no último fim de semana, na cidade de Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná.
Guaranho estava no Hospital Municipal de Foz do Iguaçu e foi levado para o Hospital Ministro Costa Cavalcanti, onde permanece internado em estado grave, mas estável.
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A divulgação do estado de saúde do agente, para imprensa, foi bloqueada por familiares e apenas a SESP está sendo porta-voz. Não há informação sobre o motivo da transferência.
Mesmo hospitalizado, contra o agente há um mandado de prisão preventiva, expedido pela justiça. Policiais militares estão acompanhando Guaranho no hospital.
Mudança de delegadas
Segundo a SESP, a delegada Camila Cecconello, chefe da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa, de Curitiba, está à frente das investigações do caso. A delegada Iane Cardoso, de Foz do Iguaçu, que era responsável pelas investigações, agora faz parte da força-tarefa que foi montada para investigar o caso.
Além de Camila, a investigação está sendo acompanhada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), A Procuradoria Geral de Justiça designou uma equipe para que participe das perícias, das oitivas e também depoimentos.
Além disso, o Gaeco solicitou que seja aberto um inquérito separado para investigar as pessoas, que aparecem no vídeo de câmeras de segurança, agredindo o agente federal, já caído no chão.
Em publicação, o Gaeco afirmou que irá atuar firmemente para prevenir e punir todo e qualquer atentado à liberdade de manifestação, que é um direito assegurado a todos os cidadãos e preceito fundamental para o fortalecimento do regime democrático.
GM
Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, foi sepultado no Cemitério Municipal Jardim São Paulo, em Foz do Iguaçu, na tarde de segunda-feira (11), mais de 200 pessoas acompanharam o enterro.
Um cortejo, em homenagem ao agente, passou pelas principais avenidas da cidade, com uma parada em frente a Guarda Municipal. Os familiares e amigos cantaram e bateram palmas durante o enterro.
Marcelo atuava há 28 anos na guarda municipal e era da primeira turma da Guarda Municipal. Ele também era diretor da executiva do Sismufi (Sindicato dos Servidores Municipais de Foz do Iguaçu).
Ele deixou a esposa ,Pamela Suellen Silva, que é policial civil, e quatro filhos, um deles com apenas seis meses de vida.
O crime
A Polícia investiga se o crime foi cometido por intolerância política, isso porque Marcelo comemora o aniversário de 50 anos em uma associação com a temática PT (Partido dos Trabalhadores).
Segundo testemunhas, Guaranho chegou no local gritando o nome do atual Presidente Bolsonaro, e na sequência houve a troca de tiros. Imagens do circuito de segurança do local registraram toda a confusão que terminou com o guarda morto e o agente baleado.
Inicialmente, a Polícia Civil informou que o agente também havia morrido, mas depois corrigiu a informação e declarou que ele está internado em estado grave.