"Virou normal atropelar, matar e fugir", diz motoboy que vive espera por justiça
Há um ano, o motoboy Mozart Martins, de 32 anos, foi atingido por um carro que atravessou a canaleta – onde o ônibus passa – subiu a calçada e invadiu a pista contrária, na Avenida Sete de Setembro, em Curitiba. A motorista fugiu sem prestar socorro. A vítima teve 10 fraturas graves, não conseguiu voltar a trabalhar e vive uma espera angustiante por justiça.
Na época, Mozart ficou dez dias no hospital, passou por seis cirurgias e há 15 dias fez mais uma cirurgia porque corria o risco de perder o movimento do braço esquerdo. O homem relata que foi proibido pelo médico de voltar ao trabalho. “Caso ocorra algum outro acidente eu posso ter que amputar o braço”.
“Eu tenho em média quatro sequelas. Eu pedi a extensão do braço, a rotação na mão, não tenho tanta força no braço, não consigo correr mais, não consigo pular e jogar bola com meu filho é difícil, mas eu me esforço”,
relata a vítima.
De acordo com as investigações, a condutora do veículo que atingiu Mozart tinha acabado de sair de um bar com as amigas e fugiu sem prestar socorro. Imagens das câmeras de segurança do bar mostram que a suspeita consumiu bebida alcoólica.
“Nós todos estamos esperando por justiça, o que mais a gente quer no momento. Não queremos crucificá-la em praça pública, só queremos que ela cumpra”, afirma Mozart.
- Leia também: Acidente grave no Pinheirinho deixa dois feridos
Neste domingo (12), motoboy e a amigos de Mozart foram até o local do acidente para pedir mais atenção no trânsito e respeito com a vida.
Segundo Mozart, o motorista nunca entrou em contato para saber como ele estava. “Virou normal atropelar, matar e fugir do local”, lamenta a vítima.