Prisão de condutor que matou ciclista em Curitiba é negada e ele continua solto

por Mônica Ferreira
com informações de William Bittar, da RICtv, e supervisão de Caroline Berticelli
Publicado em 10 jan 2022, às 18h18. Atualizado às 18h19.

Passados dois meses do acidente, o motorista de aplicativo suspeito de atropelar e matar o ciclista Lourisel Rodrigues de Oliveira, de 47 anos, ainda não recebeu mandado de prisão e não foi à delegacia prestar esclarecimentos. A Vara de Delitos de Trânsito de Curitiba, não aceitou o pedido feito pela Polícia Civil.

Após o acidente que aconteceu no dia 27 de novembro do ano passado, na rua Tijucas do Sul, no bairro Sítio Cercado, em Curitiba, o suspeito fugiu do local sem prestar socorro. A polícia fez buscas, mas o rapaz ainda não foi encontrado.

“Está muito demorado, faz quase dois meses e nada aconteceu. Nós não temos respostas das autoridades em pedir a prisão do indivíduo. Estamos muito indignados, revoltados”,

diz Alice de Oliveira, irmã da vítima.

Relembre o caso

Câmeras de segurança flagraram um grave acidente. As imagens mostram Lourisel Rodrigues de Oliveira, sendo atingido violentamente por um carro, modelo Polo na cor prata, que estava na contramão da via. Com o impacto, o homem foi arremessado por vários metros. Ele, que é metalúrgico, havia trabalhado a noite toda e estava voltando para casa por volta das 6h30. 

Três dias após o acidente, o Balanço Geral Curitiba divulgou imagens de um carro incendiado e abandonado com as mesmas características do automóvel que atropelou a vítima. Um casal, proprietário do veículo, se apresentou na delegacia para relatar que o carro era alugado semanalmente para que o rapaz trabalhasse como motorista de aplicativo.

A polícia chegou à residência do condutor. Porém, o pai do rapaz, contou que não via o filho há mais de 30 dias. “Ele não mais reside naquela localidade com o pai aproximadamente um mês, teria tido uma espécie de briga com o genitor e a partir daí, não teria mais contato”, disse o delegado Edgar Santana.

O suspeito tem duas passagens pela polícia por posse de droga e perturbação do sossego. A família de Lourisel quer justiça. “Esse ser não tem coração, foi a mesma coisa que ter matado um mosquito. No final do ano deve ter se divertido, está numa boa , enquanto a família tá sofrendo”, desabafou a irmã da vítima.

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