Famílias de vítimas do acidente da Voepass criam associação para acompanhar caso
Parentes dos mortos no desastre foram convidados para reunião de apresentação do relatório prévio das investigações oficiais
Familiares das vítimas do acidente com o avião da Voepass, que caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, no dia 9 de agosto, criaram uma associação para defender os seus direitos. Assim, essa associação representará as famílias ao longo da investigação das causas e dos eventuais responsáveis pelo desastre.
“São muitas as demandas. Então nós vamos reunir, aos poucos, dependendo do momento, e nós vamos buscar dar apoio a essas famílias. A revolta é muito grande e queremos um mínimo de justiça para reparar [as famílias]. É lógico que nossas perdas são irreparáveis, mas nós queremos que não aconteça mais”, explica Dayani Santos. Ela é mãe de uma das vítimas da tragédia, a médica Arianne Albuquerque Risso, que viajava para participar de um congresso.
Moradora de Cascavel, no oeste do Paraná, de onde o avião decolou no dia do desastre, ela é uma das idealizadoras da associação, que cobra rapidez nas investigações. Além disso, os familiares das vítimas exigem que os possíveis responsáveis pelo acidente sejam punidos e que as conclusões do inquérito sirvam para evitar novos desastres.
Queda de avião matou 62 pessoas
O avião de médio porte da companhia Voepass, anteriormente conhecida como Passaredo, caiu no bairro Capela, em Vinhedo, no Interior de São Paulo, na tarde do dia 9 de agosto. A aeronave que saiu de Cascavel tinha como destino Guarulhos, em São Paulo. 58 passageiros e 4 tripulantes morreram na queda.
De acordo com a companhia aérea, o avião, tinha capacidade para 68 passageiros e havia decolado às 11h58. O voo estava programado para pousar no Aeroporto Internacional de Guarulhos às 13h50, mas caiu minutos antes de chegar ao seu destino. As causas do desastre são investigadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). O órgão apresentará um relatório prévio dos trabalhos aos familiares das vítimas no sábado (7), em uma reunião em Brasília.
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