Cabeleireiro famoso de Curitiba bate carro de luxo e vai embora antes da chegada da PM
Um famoso cabeleireiro de Curitiba, que acumula mais de um milhão de seguidores nas redes sociais, se envolveu em um acidente de trânsito entre a noite e a madrugada desta quinta-feira (11). Próximo ao cruzamento entre as ruas Padre Germano Mayer e Itupava, em uma região do Alto da XV com diversos bares, um motociclista colidiu na traseira do veículo de luxo do cabeleireiro.
O motoboy foi arremessado ao chão e teve ferimentos. Enquanto todos aguardavam a chegada dos socorristas, o advogado do cabeleireiro chegou ao local e prestou as primeiras orientações ao cliente. Após a equipe do Corpo de Bombeiros atender o motociclista, o cabeleireiro foi embora dirigindo, antes mesmo da chegada da Polícia Militar (PM).
“Houve um abalroamento na parte traseira do carro dele pelo motociclista, acredito que por uma falta de cuidado do próprio motociclista. Porém, por minha orientação e intenção ele, ele aguarda o socorro chegar, socorrer, e quando estava dentro da viatura (ambulância) a vítima do acidente de trânsito, recebendo os socorros médicos, então ele decide ir até um hospital, provavelmente até o Trabalhador, segundo ele me informa, porque a condição dele estava bastante prejudicada por conta do próprio acidente. Pois ele viu a vítima ao chão, sangrando, sofrendo, e essa foi a decisão daquele momento dele de também procurar atendimento médico”,
declarou o advogado Igor Ogar.
Testemunhas alegam embriaguez de cabeleireiro
Entretanto, testemunhas apresentaram uma versão de que o cabeleireiro poderia estar sob efeitos de bebida alcoólica. “Eu vi que o rapaz do carro estava bem alterado. Parecia estar embriagado, se estava eu já não sei, só o exame pode dizer”, contou um outro motociclista.
Para o advogado, essa versão não condiz com a realidade, pois caso fosse constatada a atitude suspeita do motorista, os bombeiros teriam efetuado o flagrante. “Bombeiros Militares, que são policiais militares também”, destacando que podem realizar a autuação.
“Estava completamente lúcido, tenho imagens, gravei vídeos também registrando isso. E ele (cabeleireiro) não nega a prestação de socorro em momento nenhum, deixando muito claro. Ele aguarda que a viatura (ambulância do Siate) chegue, com policiais militares (bombeiros), que se tivessem constatado qualquer prática criminosa ou estado de flagrância dele por eventual consumo de álcool poderiam ter dado voz de prisão, o que não fizeram. Acredito que não exista nenhum indício”,
completou o advogado.
Apesar das alegações do advogado, as testemunhas não ficaram satisfeitas com o fato do cabeleireiro ir embora antes da chegada da viatura da PM.