Blogueira que matou motoboy em acidente em Curitiba quebra silêncio e revela doença rara
Cássia Vialli Martins, a blogueira que atingiu e matou o motoboy Jheykson Roger Medeiros, quebrou o silêncio cerca de duas semanas após o acidente em Curitiba. Em entrevista exclusiva ao repórter Roberto Cabrini, que foi ao ar neste domingo (18), a mulher negou ter bebido no dia da colisão e alegou ter uma doença rara. Ainda, disse que deixou o local do acidente por ter sido ameaçada.
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Ao ser questionada sobre o que aconteceu na noite da batida, registrada no dia 3 de setembro na Rua Paulo Setúbal, no bairro Boqueirão, a blogueira afirmou que se assustou ao ver o estado da vítima. “Eu lembro que eu tentei jogar um pouco para o lado porque ele vinha em alta velocidade. A hora que ele veio, já aconteceu o acidente. Aí eu desci para ver como estava, ele realmente estava embaixo da roda. Neste momento aí eu vi realmente que ele estava morto, quando eu vi ele, eu me assustei”, disse ela.
Cássia ainda argumentou que foi ameaçada no local e, por isso, saiu da cena do acidente com a ajuda de um motorista, que não foi identificado pela polícia até o momento. “O momento em que as pessoas me ameaçam ali foi muito grave, eram homens pra cima de mim. Foi realmente muito difícil a cena, eu não podia estar do lado da vítima, porque senão poderia ter acontecido comigo também no momento, pela gravidade da raiva das pessoas”. contou. “O motoboy que chega no momento, não sei se tem alguma câmera para mostrar isso, mas eu tenho testemunhas ao redor, que falou que ia acabar comigo, que faria uma ligação e que eu estaria morta”, completou.
Cabrini também questionou se Cássia estava dirigindo embriagada, e a blogueira negou que tivesse consumido as três caipirinhas de vinho que constam na comanda dela no bar que estava antes. “Eu tomei água. Eu não estava embriagada. Foi um susto na hora que eu vi o acidente”, afirmou. O advogado da suspeita, Igor Ogar, justificou dizendo que Cássia estava com outras pessoas na mesa e que não teria sido ela que bebeu as caipirinhas.
“Essa comanda tem três caipirinhas de vinho, não tem água. Mas estavam tomando várias pessoas juntas. Existia uma mesa que tinha mais de 10 pessoas”, disse. O estabelecimento no qual a suspeita frequentava tem câmeras de segurança voltadas para a mesa onde ela estava, mas segundo os responsáveis, o sistema de monitoramento teve uma pane e não capturou as imagens do dia.
Problemas de saúde
Durante a entrevista, a blogueira afirmou que enfrenta problemas de saúde desde 2015 e tem uma doença rara chamada dermatomiosite, que a faz perder os movimentos. “Atualmente eu estou com a minha doença tratada, mas quando eu passo algum tipo de estresse emocional tenho essa inflamação corporal – que é meus anticorpos atacando meus músculos, aí conforme vai atacando eu vou perdendo toda a célula muscular e, com o tempo, eu vou perdendo os movimentos”, disse.
No entanto, a suspeita disse que nunca foi proibida de dirigir e não relatou qual seria a relação da doença com o ocorrência que terminou na morte do motoboy. Ela disse somente que já havia feito a conversão naquele trecho em outra ocasião, dizendo que a rua “antigamente era assim”. “Então eu virei achando que ela tinha essa conversão mesmo”, explicou.
