Veja 10 dicas de como se proteger de aranhas-marrom

por Arion Wolff
com informações da Prefeitura de Curitiba e supervisão de Giselle Ulbrich
Publicado em 12 jan 2023, às 19h17. Atualizado às 19h18.

As altas temperaturas do verão fazem com que as aranhas-marrom saiam de seus esconderijos. Pensando nisso, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba ensina 10 dicas para se proteger dos aracnídeos.

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Os acidentes com a aranha-marrom aumentam nessa época do ano. Mas podem ser facilmente evitados, com medidas de limpeza e prevenção, confira as principais delas:

  • Limpeza é a regra de ouro, com uso de pano e aspirador de pó atrás de móveis e quadros das paredes.
  • A maioria das picadas ocorrem à noite, quando as aranhas saem de seus “esconderijos” em busca de alimento (insetos). Elas atacam os humanos ao se defenderem de algum contato acidental quando estavam escondidas entre roupas, nos calçados, roupas de cama. Por isso, é importante sacudir roupas e calçados antes de usa-los.
  • Mantenha a residência bem arejada e evite o acúmulo de qualquer material nos quintais de casa.
  • No ambiente externo, a localização mais frequente é em meio a telhas, materiais de construção e restos de madeira.
  • Bloqueie o acesso da aranha ao interior da casa, colocando lâminas de borracha na parte inferior das portas.
  • Não utilize venenos.
  • As presenças de lagartixas são bem-vindas nas residências: são predadoras naturais das aranhas e não fazem mal aos seres humanos.
  • Examinar bem as roupas antes de vestir e calçados antes de calçar, principalmente aqueles que estavam guardados a bastante tempo.
  • Se for abrir cômodos ou armários há muito tempo fechados, faça uma boa inspeção antes de tocar nos objetos, se possível use luvas de borracha e calçados fechados.
  • Tampe todos os buracos vazios das paredes e forros, bem como rodapés e cantoneiras.  

Em caso de acidentes

Em caso de não conseguir evitar o contato com a aranha-marron a orientação da saúde é buscar atendimento a um serviço de saúde o mais rápido possível.

Em Curitiba, as 108 unidade de saúde estão preparadas para fazer o atendimento dessas situações e que o quanto antes a pessoa procure tratamento em caso de suspeita de ter sido picada, melhor. 

“É um acidente dolorido, a pessoa que sofre a picada da aranha-marrom depois sente um desconforto no corpo e um mal-estar. Cerca de 85% dos acidentes são leves e tratados com medicamentos. Em poucas situações, as mais graves, será necessário o soro antiaracnídio”, explica o diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde, Alcides de Oliveira.

Cerca de 3% a 5% dos acidentes evoluem para casos graves, em que a lesão na pele evolui para a necrose (morte do tecido que forma a pele). Independentemente da gravidade, os sintomas iniciais são sempre os mesmos.

Como identificar a picada e o que fazer

  •  A picada da aranha é caracterizada por um ponto na pele e causa uma sensação de ardor leve. O local pode ficar vermelho, cerca de meia hora após a picada. Entre 8 e 10 horas depois, as dores no local aumentam, como se fossem queimaduras, assim como o inchaço. Ao longo dos dias, pode haver febre, mal-estar, coceira.
  • Em caso de suspeita de picada, procure imediatamente um serviço de saúde. Caso consiga capturar o animal, leve-o em um recipiente. Isso facilita a identificação da espécie e a conduzir o tratamento.
  • O tratamento é feito conforme o quadro do paciente e envolve desde limpeza no local, medicamentos como antialérgicos, corticoides e remédios para dor. Apenas nos casos mais graves recomenda-se o soro antiaracnídio.

Como identificar a aranha-marrom

  • A aranha-marrom mede de 3 a 4 centímetros, tem pernas longas e finas, e seu abdome parece uma azeitona.
  • Ela habita locais escuros, quentes e secos. Pode ser facilmente encontrada em residências, principalmente em armários, atrás de quadros e em objetos que têm pouco manuseio na casa.

Acidentes

Em Curitiba, os casos confirmados de acidentes com aranha-marrom têm diminuído ao longo dos anos, com o aumento da atenção dos moradores na prevenção e da capacitação dos profissionais de saúde no atendimento.

Enquanto nas primeiras décadas dos anos 2000 a média de acidentes foi de 3,1 mil casos registrados por ano na cidade, em 2021, foram 591. Em 2022, dados preliminares apontam 708 acidentes com o aracnídeo. Esse número, porém, ainda está em fase de confirmação e alguns casos ainda podem ser descartados.

Em 2020 com a pandemia da covid-19 e maior tempo de permanência das pessoas em casa, Curitiba registrou o menor número de acidentes com aranha-marrom da série histórica, foram 472 casos.