Teste rápido coronavírus: Paraná recebe 52,4 mil testes para os 399 municípios
O teste rápido de coronavírus chegou ao Paraná, e o Governo do Estado já começou a distribuir as 52,4 mil unidades por meio da Secretaria de Estado da Saúde.
De acordo com eles, os testes rápidos vieram do Ministério da Saúde, e serão entregues aos 399 municípios do Paraná para serem aplicados em profissionais de saúde, da segurança pública e pessoas familiares próximos a esses indivíduos que apresentem sintomas.
Teste rápido coronavírus: Paraná terá um mapeamento mais detalhado do vírus
Para o Governo do Paraná, o teste rápido de coronavírus vai permitir um mapeamento mais detalhado sobre o compartamento do vírus, resultando na implementação de novas medidas de isolamento, acompanhamento e intervenção.
Conforme Maria Goretti David Lopes, diretora de Vigilância e Atenção em Saúde da Secretaria de Saúde, o teste rápido deve ser usado para auxílio no diagnóstico da doença.
“É um teste qualitativo para triagem. Os resultados negativos não excluem a infecção e resultados positivos não podem ser usados como evidência absoluta”.
De acordo com estimativas das áreas técnicas, os grupos prioritários totalizam cerca de 738 mil paranaenses. Desse universo, cerca de 15% pode apresentar sintomas para serem testados, segundo parâmetros epidemiológicos.
A distribuição atende aos seguintes parâmetros: taxa de casos confirmados de Covid-19 e total de profissionais de saúde e segurança pública envolvidos na pandemia.
Distribuição de teste rápido para coronavírus no Paraná
Os testes rápidos de coronavírus serão disponibilizados nos pontos de maior contato com pacientes suspeitos, como hospitais, serviços de emergência, unidades de pronto atendimento e Unidades Básicas de Saúde.
Em acordo com o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde (Cosems), todos devem receber ao menos 20 kits, mesmo aqueles sem casos confirmados.
“Esses testes são destinados a casos leves da doença. Pessoas com sintomas mais brandos representam 80% do universo de atingidos pelo novo coronavírus”, explica Maria Goretti.
Protocolo, registro e laudo
Os testes rápidos de coronavírus utilizam amostras de sangue, e a execução e leitura da presença de anticorpos devem ser realizadas por profissionais da saúde. O resultado é verificado logo depois de 15 minutos.
Como a Covid-19 exige notificação imediata, os resultados dos testes rápidos deverão ser informados sendo positivos ou negativos. Para isso, é preciso notificar o caso no novo Sistema Estadual de Notificação.
Conforme o protocolo adotado nacionalmente, para atingir veracidade de 86% é necessário que o teste seja realizado após o 7º dia do início dos sintomas e apenas 72 horas após o desaparecimento dos sintomas, o que evita um “falso-negativo”.
Se o resultado for negativo, o profissional poderá voltar ao trabalho normalmente utilizando máscara cirúrgica até o final do período de 14 dias. Se for positivo, ele deverá cumprir período de isolamento de 14 dias.
Parte dos testes rápidos disponibilizados neste primeiro momento foi doado por uma empresa ao Ministério da Saúde. Eles foram adquiridos no mercado internacional.
Além disso, o governo esclarece que somente os testes que tiverem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), acompanhado de laudo de avaliação do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (INCQS/Fiocruz), poderão ser utilizados.
Esses testes não substituem o exame RT-PCR, feito pelo Laboratório Central do Estado (Lacen-PR) e alguns outros laboratórios privados, que é o “teste ouro”.
O exame laboratorial pode ser realizado com amostras nos primeiros dias de sintomas e demora até 72 horas, mas ele detecta a presença de vírus. Os testes rápidos identificam os anticorpos que o organismo produz como defesa ao vírus, e não o vírus em si.