Teste do Pezinho será capaz de diagnosticar até 50 doenças nos próximos anos
Uma nova Lei Federal, já publicada em Diário Oficial, visa ampliar a lista de doenças diagnosticadas pelo Teste do Pezinho de seis para 50 enfermidades. De acordo com o Governo Federal, os estados terão o prazo de quatro anos para a implantação total do projeto.
“Sempre que falamos no Teste do Pezinho estamos nos referindo à prevenção e proteção da vida dos recém-nascidos, para que cresçam e se desenvolvam com saúde”,
explicou o secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto.
Segundo a nova Lei, em 2022 acontecerá a primeira etapa da ampliação com a entrada do diagnóstico de toxoplasmose congênita – doença infecciosa que pode provocar complicações em vários órgãos da criança. Na sequência, serão acrescentadas outras doenças relacionadas a erros metabólicos e, no prazo de quatro anos, deverão ser incorporadas todas as 50 enfermidades previstas na Lei.
A diretora de Atenção e Vigilância em Saúde do Paraná (Sesa/PR), Maria Goretti David Lopes, diz que a Secretaria seguirá as orientações do Ministério da Saúde para esta importante tarefa, aguardando ainda as recomendações quanto ao desdobramento de exames confirmatórios e indicações para tratamentos de muitas das doenças que serão incluídas no teste, pois quando se positiva algum caso é preciso que a rede SUS dê o apoio necessário e monitore o caso.
“Lembramos que o Teste do Pezinho é obrigatório em todo território e a Sesa orienta sobre a importância do exame em todos os serviços de atenção à mulher e à gestante”,
afirmou Goretti.
Junho Lilás
Junho Lilás é a campanha do mês destinada a conscientização da população sobre a importância do Teste do Pezinho. O exame, realizado no recém-nascido ainda na maternidade, é feito a partir do sangue coletado do pé do bebê e consegue apontar doenças genéticas e metabólicas que, se não tratadas adequadamente, podem trazer danos irrecuperáveis.
Atualmente, o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) disponibiliza aos recém-nascidos por meio do Teste do Pezinho o diagnóstico precoce, tratamento e acompanhamento, totalmente gratuitos pelo Sistema único de Saúde (SUS), para as seguintes doenças:
- Fenilcetonúria;
- Hipotireoidismo Congênito;
- Fibrose Cística, Anemia Falciforme e outras hemoglobinopatias;
- Deficiência de Biotinidase;
- Hiperplasia Adrenal Congênita;
E, por meio de projeto de pesquisa, mais cinco distúrbios de oxidação de ácidos graxos.
O Serviço de Referência em Triagem Neonatal do Estado realizou em 2019 um total de 168.787 testes em recém-nascidos nas maternidades do Paraná. Em 2020 foram 166.835, e, de janeiro a maio deste ano, já foram realizados 71.356.