Saúde alerta para casos da febre Oropouche além da região Norte

Paraná, Santa Catarina e Rio de Janeiro estão entre estados que começam a registrar doença

por Redação RIC.com.br
Com informações da Agência Brasil
Publicado em 16 maio 2024, às 13h34.

Os casos de febre Oropouche se espalham pelo Brasil, segundo dados divulgados esta semana pelo Ministério da Saúde. O país contabilizou 5.102 casos da doença até o dia 15 de março, sendo 2.947 no Amazonas e 1.528 em Rondônia. Contudo, houve demais casos, que foram registrados ou estão em investigação na Bahia, Acre, Espírito Santo, Pará, Rio de Janeiro, Piauí, Roraima, Santa Catarina, Amapá, Maranhão e Paraná.

Saúde alerta para casos da febre Oropouche além da região Norte
A maioria dos casos de febre Oropouche no país é em pessoas com idade entre 20 e 29 anos. (Foto: Flávio Carvalho/WMP/Fiocruz)

“Há algumas semanas está acontecendo um espalhamento para outras regiões do Brasil. A gente não está só naquela concentração na Região Norte, que foi o primeiro momento. A gente acreditou que ia ficar concentrado, mas vimos que houve um espalhamento”, alerta a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel.

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“Introduzimos a vigilância dessa nova doença, fizemos a construção das orientações para observação clínica. A gente não tinha nenhum manual ou protocolo para febre Oropouche. Distribuímos os testes para toda a rede Lacen [laboratórios centrais] e, por isso, estamos conseguindo captar, fazer o diagnóstico correto para essa doença. Estamos monitorando de perto e entendendo melhor essa nova arbovirose”, esclarece.

A maioria dos casos de febre Oropouche no país tem como pacientes pessoas com idade entre 20 e 29 anos. As demais faixas etárias mais afetadas pela doença são 30 a 39 anos, 40 a 49 anos, bem como de 10 a 19 anos.

O que provoca a febre Oropouche

O que provoca a febre Oropouche é um vírus, isolado pela primeira vez no Brasil em 1960. Desde então a detecção acontece principalmente nos estados da região amazônica. A transmissão é por mosquitos e pode circular em ambientes silvestres e urbanos.

Os sintomas são semelhantes aos da dengue. Duram entre dois e sete dias e incluem febre de início súbito, dor de cabeça intensa, dor nas costas e na lombar e dor articular. Também pode haver tosse, tontura, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos.

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Não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso. Além disso, devem receber tratamento sintomático e acompanhamento médico.

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