São Paulo suspende tarifa de água, protestos de dívidas e concede férias coletivas

Nesta quinta-feira (19), o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), anunciou novas medidas de combate ao novo coronavírus para a cidade de São Paulo e região metropolitana.

O governador classificou como “precipitada” a suspensão de ônibus na região do ABC paulista e a tentativa de fechamento do porto de Santos. “Fechar o maior porto do país seria uma tragédia do ponto de vista do abastecimento público”, afirmou, parabenizando o prefeito Bruno Covas (PSDB), também presente na coletiva.

“Não podemos ter a interrupção de logística e nem de ônibus, seja de acesso para aeroportos ou estradas. Mas isto não pode acontecer”, afirmou Dória. “Eles não só transportam agentes de segurança e saúde, pessoas que dependem de tratamento clínico, mas garantem também o transporte de medicamentos e alimentos”.

Ele também reforçou a recomendação para que pessoas com doenças crônicas ou mais de 60 anos fiquem em casa.

São 240 casos confirmados no Estado de S. Paulo e quatro óbitos registrados até agora. Desse total, 16 pacientes estão em estado grave e sob terapia intensiva, entre hospitais da rede privada e pública.

Medidas

– Igrejas e templos: o governo do Estado recomenda que evitem a partir de segunda-feira missas, cultos, celebrações ou qualquer outro tipo de atividade; o indicado é manter, no mínimo, 3m de distância entre os fiéis;

– Tarifas públicas: o governo suspende a tarifa de água da Sabesp para famílias que pagam a chamada “tarifa social”, a partir de 1º de abril, por um período de 90 dias (abril, maio e junho);

– Funcionalismo: antecipação das férias para 165 mil professores da rede estadual de ensino;

– Dívida ativa: suspensão dos protestos dos devedores ao Governo do Estado para pessoas física e jurídica por 90 dias, também a partir de 1º de abril (abril, maio e junho);

– Álcool em gel: A Associação Paulista de Supermercados (Apas) afirma que a venda de álcool em gel terá margem 0, sem lucro adicional, a partir da segunda-feira, 23. A medida vale para todo o Estado, mas ainda não foi acatada pela Abrafarma para farmácias e drogarias;