Primeira vítima do coronavírus no Brasil não sabia que estava contaminada e não ocupava lista do Ministério
O Ministério da Saúde confirmou nesta terça-feira (17) a primeira morte relacionada ao coronavírus no Brasil. A vítima é um porteiro aposentado, de 62 anos, que morava com a família no bairro Paraíso, na Zona Sul de São Paulo. Além dele, pelo menos mais cinco familiares apresentam os sintomas, porém, ainda não realizaram os exames do Covid-19 pois não há disponibilidade nas unidades de atendimento.
O homem, que não realizou nenhuma viagem ao exterior, começou a sentir os sintomas no dia 10/03. No último sábado (14), o idoso que sofria também de hipertensão e diabete, foi internado com uma pneumonia repentina, no Hospital Sancta Maggiori. Entretanto, o quadro clínico piorou e na manhã desta segunda-feira (16) foi confirmada a morte do porteiro.
Somente após o óbito foi realizado exame do coronavírus na vítima. Por isso, o homem não estava na lista dos casos confirmados divulgada diariamente pelo Ministério da Saúde.
Estado de saúde de familiares preocupa
Na família do porteiro, outras pessoas que ocupam o grupo de risco, determinado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), apresentam sintomas do novo coronavírus. O porteiro mantinha contato com o pai, de 83 anos, a mãe de 81, um irmão , de 61, e duas irmãs, uma de 60 e outra 55.
Após apresentarem sintomas como tosse e febre, a mãe e uma das irmãs foram internadas em um hospital, porém, ainda não realizaram o exame do coronavírus. De acordo com as unidades de saúde, não há insumos para os diagnósticos.
Coronavírus em São Paulo
O estado de São Paulo segue concentrando o maior número de casos confirmados e suspeitos no país. De acordo com a atualização do Ministério da Saúde desta terça-feira (17), são 164 pacientes infectados e mais de 5 mil pessoas em análise, com suspeita.
No mesmo hospital onde foi registrado o óbito do porteiro, outras quatro mortes estão sendo investigadas.
