Pesquisa revela que 43% dos brasileiros se sentem sobrecarregados no trabalho

por Daniela Borsuk
com informações da assessoria de imprensa
Publicado em 10 jun 2022, às 10h41. Atualizado às 10h42.

Uma pesquisa apontou que 43% dos brasileiros se sentem sobrecarregados no trabalho. Ainda, 31% dos respondentes alegaram que sofrem pressão por resultados e metas, conforme o levantamento realizado por Paul Ferreira, professor de Estratégica e Liderança e vice-diretor do Núcleo de Estudos em Organizações e Pessoas (NEOP) na Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP), em parceria com as empresas Talenses e Gympass.

Os números também apontaram outras questões que interferem na saúde mental dos colaboradores. Conforme a pesquisa, 30% dos entrevistados sentem que precisam estar disponíveis o tempo todo; 30% falam sobre falta de reconhecimento; 27% argumentam falta de empatia e apoio na liderança direta; 22% sentem dificuldade de ter desempenho em sua plena capacidade de trabalho; 17% afirmam que há falta de comunicação com a liderança direta; 15% contaram que teve dificuldades de lidar com as responsabilidades do cuidado com a casa durante a pandemia; e 12% apontaram falta de flexibilidade na jornada de trabalho.

Outro dado preocupante aponta que, para mais de 75% das pessoas respondentes, os benefícios atuais não são suficientes, ou apenas parcialmente, para a manutenção da sua saúde mental. Também nota-se na pesquisa o impacto de uma gestão no bem-estar das pessoas, uma vez que os quatro principais fatores de impacto negativo estão relacionados a formas de gestão e lideranças.

Também foi perguntado às pessoas colaboradoras quais e quantas estratégias elas utilizaram quando receberam algum diagnóstico de saúde mental. A terapia foi escolhida por 82% das pessoas, ocupando o primeiro lugar. Mudar de emprego também foi bastante apontado, por 32%. Redução das horas de trabalho, por 24%, e até o pedido de demissão, mesmo sem ter trabalho novo, por 21%.

A pesquisa ainda teve como conclusão que os Baby Boomers e Geração Z, relataram mais liberdade para errar. Enquanto as gerações “intermediárias” (Geração X e Millennials/Geração Y) estão se sentindo com menos liberdade para errar.

Metodologia

A pesquisa foi realizada em janeiro deste ano, com 572 brasileiros, sendo que 90% deles estão trabalhando atualmente. Dos participantes, 55% são do sexo masculino, 44% feminino e 1% outros. No recorte de gerações, 49% são Millennials, 34% da geração Y, 10% da geração Z e 7% são Baby Boomers. Em relação ao regime atual de trabalho, 50% estão trabalhando de forma híbrida, 28% estão exclusivamente de forma remota e 22% estão totalmente de forma presencial.