Pesquisa revela que 43% dos brasileiros se sentem sobrecarregados no trabalho
Uma pesquisa apontou que 43% dos brasileiros se sentem sobrecarregados no trabalho. Ainda, 31% dos respondentes alegaram que sofrem pressão por resultados e metas, conforme o levantamento realizado por Paul Ferreira, professor de Estratégica e Liderança e vice-diretor do Núcleo de Estudos em Organizações e Pessoas (NEOP) na Fundação Getulio Vargas (FGV EAESP), em parceria com as empresas Talenses e Gympass.
Os números também apontaram outras questões que interferem na saúde mental dos colaboradores. Conforme a pesquisa, 30% dos entrevistados sentem que precisam estar disponíveis o tempo todo; 30% falam sobre falta de reconhecimento; 27% argumentam falta de empatia e apoio na liderança direta; 22% sentem dificuldade de ter desempenho em sua plena capacidade de trabalho; 17% afirmam que há falta de comunicação com a liderança direta; 15% contaram que teve dificuldades de lidar com as responsabilidades do cuidado com a casa durante a pandemia; e 12% apontaram falta de flexibilidade na jornada de trabalho.
Outro dado preocupante aponta que, para mais de 75% das pessoas respondentes, os benefícios atuais não são suficientes, ou apenas parcialmente, para a manutenção da sua saúde mental. Também nota-se na pesquisa o impacto de uma gestão no bem-estar das pessoas, uma vez que os quatro principais fatores de impacto negativo estão relacionados a formas de gestão e lideranças.
Também foi perguntado às pessoas colaboradoras quais e quantas estratégias elas utilizaram quando receberam algum diagnóstico de saúde mental. A terapia foi escolhida por 82% das pessoas, ocupando o primeiro lugar. Mudar de emprego também foi bastante apontado, por 32%. Redução das horas de trabalho, por 24%, e até o pedido de demissão, mesmo sem ter trabalho novo, por 21%.
A pesquisa ainda teve como conclusão que os Baby Boomers e Geração Z, relataram mais liberdade para errar. Enquanto as gerações “intermediárias” (Geração X e Millennials/Geração Y) estão se sentindo com menos liberdade para errar.
Metodologia
A pesquisa foi realizada em janeiro deste ano, com 572 brasileiros, sendo que 90% deles estão trabalhando atualmente. Dos participantes, 55% são do sexo masculino, 44% feminino e 1% outros. No recorte de gerações, 49% são Millennials, 34% da geração Y, 10% da geração Z e 7% são Baby Boomers. Em relação ao regime atual de trabalho, 50% estão trabalhando de forma híbrida, 28% estão exclusivamente de forma remota e 22% estão totalmente de forma presencial.