"Ninguém vai ficar desassistido", afirma secretário de saúde sobre fechamento do Hospital do Coração

Publicado em 15 jun 2022, às 10h03. Atualizado às 10h06.

Durante visita na cidade de Cascavel, no Oeste do Paraná, na tarde de terça-feira (14), para assinatura da licitação da Ala Materno Infantil e a inauguração do serviço de hemodinâmica do HUOP, o  secretário de saúde do Paraná, César Neves, foi questionado sobre o fechamento do Hospital do Coração, determinado pela justiça. Neves, foi incisivo e disse que o Estado tem planos de contingência.

“Nós temos planos de contingência para que ninguém fique desamparado ou desassistido.”

César Neves – secretário de Saúde

Diante da falta de leitos que assola o Sistema Único de Saúde, a determinação da justiça em fechar o Hospital do Coração deixa a 10ª Regional de Saúde em alerta, já que a instituição tem 43 leitos utilizados pelo SUS. Além disso, atualmente a instituição é referência em procedimentos cardiológicos, de ortopedia de alta complexidade e transplante renal.

Ao ser questionado se esse fechamento afetaria outras regionais de saúde do Estado, o secretário informou que o sistema é único e ninguém vai ficar desassistido.

“Sempre que acontece algo dessa natureza, vamos ter que fazer uma dose de sacrifício, de outros aparelhos de saúde, nós somos um sistema único de saúde e que tem que conversar, tem que interagir e tem que se ajudar, quando nós formos notificados, já temos um plano de contingência.”

César Neves – secretário de Saúde

Hospital do Coração

Segundo a determinação da justiça, o prédio deve ser desocupado em quatro meses e 15 dias e caso não seja cumprida a liminar, a multa cobrada é de R$ 30 mil por dia.

O fechamento da unidade deve ser gradativa, no entanto, dentro de três meses, novos internamentos não podem mais ser feitos. No último mês de funcionamento, os pacientes internados devem ser transferidos e na sequência, nos últimos 15 dias, o local deve ser totalmente desocupado com a retirada de equipamentos e móveis.

O impasse com a direção do hospital e os proprietários do prédio é antigo. O contrato de locação existe desde 2012. 

Em 2017, os donos alegaram inadimplência no pagamento, e de lá pra cá, outras movimentações levaram a uma disputa judicial. 

O problema seria resolvido de outra forma: uma nova empresa de saúde assumiria o aluguel e os serviços prestados, mas a empresa desistiu porque teria que assumir também a dívida deixada pelo hospital do coração, que ultrapassa 10 milhões de reais.  O resultado é o fechamento do hospital sem um substituto.

Em nota, o Hospital do Coração, afirma que está tomando as medidas necessárias e que deve entrar com recurso na justiça.

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