Moderna pode ser capaz de fazer vacina de reforço contra Ômicron em semanas, diz CEO

Publicado em 21 dez 2021, às 11h45. Atualizado às 14h09.

ZURIQUE (Reuters) – Fabricante de vacinas contra Covid-19, a Moderna não prevê nenhum problema para desenvolver uma vacina de reforço para proteger as pessoas da variante Ômicron do coronavírus e poderia iniciar o trabalho em algumas semanas, disse seu executivo-chefe, Stéphane Bancel, em uma entrevista.

A Moderna espera iniciar no começo do ano que vem os testes clínicos de uma vacina para proteger contra a nova variante de disseminação rápida, mas agora está se concentrando em uma vacina de reforço de seu imunizante existente, mRNA-1273.

“Ela só precisa de pequenos ajustes para a Ômicron. Não prevejo nenhum problema”, disse Bancel na entrevista ao jornal suíço TagesAnzeiger publicada nesta terça-feira (21).

A empresa está aguardando informações importante sobre a variante para iniciar o desenvolvimento.

“Isto levará mais uma semana ou duas”, acrescentou Bancel.

“Levará alguns meses para podermos produzir 500 milhões de doses após a aprovação (regulatória). Mas nossos recursos são muito maiores agora do que um ano atrás.”

disse.

Se agências reguladoras, como a Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA) e a suíça Swissmedic, exigirem estudos adicionais, isto aumentaria o prazo em ao menos três meses.

“Algumas autoridades querem um estudo, outras ainda estão indecisas. Na minha opinião, depende muito do quão gravemente a doença progride.”

Após atrasos de entregas e lacunas de produção no começo de 2021, a Moderna agora consegue cumprir as metas de produção e entregar as encomendas no prazo.

Por Brenna Hughes Neghaiwi