Mandetta elogia Curitiba sobre combate ao coronavírus: “Melhor sistema de saúde do Brasil”
Após ser exonerado do governo de Jair Bolsonaro, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, elogiou o sistema público de saúde de Curitiba. Em uma entrevista a Rádio Difusora Pantanal, nesta segunda-feira (21), Mandetta comentou sobre o cenário brasileiro diante da pandemia do coronavírus e destacou a eficiência dos trabalhos na capital paranaense.
“Melhor sistema de Saúde do Brasil é Curitiba”, revelou Mandetta.
De acordo com os dados apresentados pela Prefeitura de Curitiba nesta terça-feira (21), a capital paranaense conta com 435 casos confirmados, 14 óbitos e 227 pacientes recuperados.
“Quem me dera se todos fossem Curitiba”, reforça Mandetta
Em sua primeira visita a Campo Grande, após sair do Ministério da Saúde, Mandetta concedeu uma entrevista a uma rádio local. Após os dias intensos de trabalho em Brasília, o ex-ministro revelou alguns detalhes que chamam a atenção para o enfrentamento do coronavírus.
De acordo com Mandetta, umas das novidades deste novo vírus é que o coronavírus infectou primeiramente as classes mais altas, para depois chegar a periferia, segundo ele, este é o caminho inverso na maioria dos casos. O ex-ministro também reforçou que não existe uma vacina ou medicamento para combate a covid-19.
Ao debater sobre o cenário nacional, Mandetta destacou a cidade de Curitiba. Para ele, a capital paranaense possui o melhor sistema de saúde do Brasil e, consequentemente, é o lugar mais preparado para enfrentar a doença.
“É um sistema de saúde muito organizado, um sistema de informática muito bem feito, sistema de tele muito organizado. Então se você está bem organizado, você consegue andar. Aí você vai medindo ‘opa está aumentando muito aqui, eu fecho um pouco esse bairro, eu fecho essa área, opa está melhor, eu abro essa daqui’. Você vai fazendo o ajuste fino”, comentou.
Além de elogiar o trabalho realizado em Curitiba no combate ao coronavírus, Mandetta apontou para outros índices de destaque da capital. “Quando eu fui secretário de Saúde aqui (Campo Grande), nós ganhamos a capital com menor mortalidade infantil do Brasil. E nossa briga era Florianópolis, e Curitiba era sexto, sétimo. Curitiba nesse ano passado teve a menor mortalidade infantil entre as capitais e batendo com a Suécia, com aquela turma nórdica”, analisou Mandetta.
Questionado sobre medidas que outros países, de menores dimensões, estão tomando, o ex-ministro reforçou que no Brasil o trabalho deve ser realizado de uma maneira diferente, com cada estado tendo sua atenção. Para finalizar, Mandetta ainda suspirou, “quem me dera se todos fossem Curitiba”.
Para substituir Luiz Henrique Mandetta, Jair Bolsonaro convidou o oncologista Nelson Teich.