Hospital se recusa a colocar DIU em paciente por questões religiosas

Publicado em 24 jan 2024, às 14h59. Atualizado às 15h00.

Em uma publicação no “X” – antigo “Twitter”, uma comunicadora, identificada como Leonor Macedo, de 41 anos, afirmou que durante uma consulta ginecológica no Hospital São Camilo de São Paulo, uma médica disse à ela que o procedimento de implantação do dispositivo intrauterino (DIU) não poderia ser realizado por ir contra os valores religiosos da instituição.

Na manhã desta quarta-feira (24), a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo publicou uma nota nas redes sociais. “Por diretriz institucional de uma instituição católica, salvo em casos que envolvam riscos, não há a realização de procedimentos contraceptivos, seja em homens e mulheres. Quando é assim, orientamos que a pessoa busque a rede referenciada do seu plano de saúde que tenha esse procedimento contemplado.”

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Em entrevista ao portal RIC.com.br, o advogado e membro efetivo da Comissão de Estudos sobre Planos de Saúde, José Luiz Toro, afirmou que o código de ética permite ao médico apresentar a objeção de consciência. “Partindo do princípio de que o médico pode optar por não realizar um procedimento devido à convicção religiosa, previsto no Código de Ética Médica, pode-se entender que a entidade hospitalar também pode, desde que não seja uma situação de urgência e emergência. Essa prática é permitida para os médicos, salvo em situações excepcionais”, disse ele.

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