Hospitais privados devem registrar leitos disponíveis em Sistema Estadual
Foi assinado nesta segunda (28) o decreto que dispõe sobre o monitoramento das informações de ocupação e disponibilidade de leitos públicos e privados em estabelecimentos de saúde no Paraná, com ou sem vínculo contratual com o SUS.
Com a novidade, todos os hospitais devem registrar os atendimentos a pacientes suspeitos ou confirmados com a Covid-19 na Central de Acesso à Regulação do Paraná (Care), além de informar a disponibilidade de leitos de cada unidade. Segundo o decreto, a atualização das informações deve ser realizada duas vezes ao dia.
“Este decreto visa conseguir o registro obrigatório de pacientes suspeitos e confirmados com a Covid-19 por parte de hospitais privados que não usam o sistema Care. Essas informações irão auxiliar o Governo do Estado na implantação, ou não, de medidas mais restritivas, compra e solicitação de equipamentos hospitalares e medicamentos de intubação”
Beto Preto, secretário estadual da Saúde
Segundo as informações da Regulação Estadual de Leitos, nesta segunda (28), o Paraná registrou 3.873 pacientes internados em leitos exclusivos SUS por suspeita ou confirmação da Covid-19, sendo 1.890 em UTIs e 1.983 em enfermarias. As ocupações são de 93% e 67%, respectivamente.
Ainda de acordo com o monitoramento, o total de pacientes internados em leitos SUS (incluindo os leitos exclusivos) e privados (somente Curitiba) é de 4.863 pessoas. Destas, 4.336 estão em leitos SUS e 478 em leitos particulares.
Segundo decreto estadual, as unidades precisam apresentar um Plano de Contingência para o enfrentamento da Covid-19 em até 24 horas.
O Plano deve prever que 50% da capacidade operacional dos leitos privados clínicos e cirúrgicos não SUS e leitos de UTI adulto e pediátrico informados no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES) sejam remanejados para o atendimento exclusivo dos casos suspeitos e confirmados de Covid-19.
A orientação de remanejamento não se aplica a leitos das especialidades de obstetrícia, oncologia, cardiologia, nefrologia, oftalmologia e traumatologia, nos casos de procedimentos cirúrgicos essenciais.