Florianópolis (SC) confirma epidemia de diarreia e investiga contaminação
A capital de Santa Catarina, Florianópolis, passa por uma epidemia de diarreia. Já são 578 casos registrados entre 1.º de janeiro e sexta-feira (6) nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) da capital.
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Conforme o portal ND+, a quantia já é considerada epidemia porque ultrapassa em quase 100 casos a média registrada nos primeiros seis dias de anos anteriores. Sempre nesta época são esperados casos da doença nos consultórios.
A média, nos primeiros seis dias do ano, geralmente fica em torno de 490 casos. A medição começou a ser feita cinco anos antes da pandemia. Os últimos dois anos foram excluídos das contas, por causa da menor circulação de pessoas.
Do total, 478 quadros de diarreia foram identificados na UPA Norte e 100 na UPA Sul de Florianópolis nestes primeiros seis dias do ano.
“Quando o aumento é generalizado, e acima do esperado para o ano, consideramos epidemia. Até hoje pela manhã (sexta-feira) estávamos no limite máximo do alerta. Agora estamos acima”, explica Ana Cristina Vidor, gerente de Vigilância Epidemiológica.
Causas da epidemia
As pessoas acometidas pela diarreia defecam mais vezes, e as fezes são moles ou líquidas. O quadro pode ser provocado por diferentes “agentes etiológicos”: a infecção por ser provocada por bactérias, vírus, toxinas e outros parasitas e podem ter como sintoma a diarreia.
A Vigilância Epidemiológica ainda não detectou a origem das contaminações, que podem ter origens diversas, e mandou amostras para análise no Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina (Lacen). Mas, em geral, as diarreias de verão são causadas por contaminação da água e dos alimentos.
Ana Vidor, gerente da vigilância epidemiológica de Florianópolis, orienta os seguintes cuidados a quem está com diarreia:
- lavar as mãos com frequência e utilizar álcool gel;
- cuidar com a origem dos alimentos e bebidas, prestando atenção na refrigeração correta;
- alimentos devem estar bem armazenados;
- moradores e banhistas devem consumir em locais fiscalizados;
- evitar excesso de bebidas e frituras, que podem irritar o estômago;
- evitar locais com aglomeração e lavar as mãos frequentemente nesses locais;
- respeitar as recomendações de balneabilidade;
- caso esteja com diarreia e vômito, é recomendo ficar em casa e evitar se expor ao sol.