Enfermeiros protestam em Londrina contra suspensão de piso salarial
Profissionais de enfermagem realizaram um protesto na manhã desta quarta-feira (21) em frente ao Cine Teatro Ouro Verde, em Londrina (PR). O grupo se manifestou contra a suspensão do piso salarial da categoria por parte do Supremo Tribunal Federal (STF).
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Uma reunião entre o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Londrina e região (Sinsaude) e os profissionais da área estava marcada para esta manhã. De acordo com o presidente do sindicato, Márcio Machado, não foi possível realizar a assembleia porque o encontro marcado não atingiu o número de pessoas suficientes. Dessa forma, a categoria de enfermagem de Londrina não irá paralisar neste momento.
Machado explica que para fazer uma greve é necessário um “aparato jurídico”, e que a decisão deve ser tomada com antecedência. Por este motivo, realizar uma paralisação sem antes ter feito uma assembleia resultaria em complicações legais para o sindicato.
Márcio ainda afirma que os profissionais estão revoltados com a “desvalorização que acontece há 20 anos”. Os enfermeiros protestaram de forma pacífica. Em um dos cartazes estava escrito a frase “Enfermagem não quer aplausos, quer direitos e respeito”.
Suspensão do piso salarial
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso decidiu no dia 4 de setembro suspender o piso salarial da enfermagem, aprovado pelo Congresso Nacional e sancionado no mês passado pelo presidente Jair Bolsonaro. Ele deu 60 dias de prazo para os envolvidos no setor público e na iniciativa privada prestarem esclarecimentos.
O piso salarial previsto para os enfermeiros era de R$ 4.750, para os setores público e privado. A norma também previa o valor salarial mínimo para técnicos de enfermagem em : R$ 3.325, auxiliares de enfermagem: R$ 2.375 e parteiras: R$ 2.375.
A justificação do ministro do STF é que a entrada imediata do piso salarial pode ter impacto na prestação dos serviços de saúde ao destacar “a ameaça de demissões em massa e de redução da oferta de leitos hospitalares”.