Paraná é terceiro estado com maior incidência de dengue; veja como prevenir
O Paraná está passando pela pior epidemia de dengue dos últimos 20 anos. De acordo com dados da Secretaria de Saúde do Estado, 260.517 casos foram confirmados com 171 mortes durante o período epidemiológico, que começou em julho de 2023. Isso deixa o Paraná como terceiro estado com maior incidência e o primeiro em números absolutos.
Além disso, outras doenças também cresceram no país. Segundo o Boletim InfoGripe da Fiocruz, internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) aumentaram junto com os casos de influenza A e B e do vírus sincicial respiratório. Em 19 capitais, entre elas Curitiba, houve um aumento de casos de COVID-19 nas últimas seis semanas.
Especialistas preveem que o aumento de casos de dengue e síndromes respiratórias continuem a aumentar no Paraná nas próximas semanas. De acordo com o infectologista da Unimed Curitiba Moacir Pires Ramos, isso pode levar à sobrecarga dos sistemas de atendimento e sobreposição de atendimentos na rede ambulatorial. “A Secretaria de Saúde tem comentado que aumentou em quase 60% a procura por unidades de saúde em Curitiba, por casos de síndrome respiratória”, afirma.
Apesar das temperaturas amenas no estado, o médico lembra que a multiplicação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, ainda não diminuiu. “O inseto vive cerca de 40 dias, então, mesmo fazendo dias mais frios agora, ele ainda está vivo e se reproduzindo”, alerta.
Cuidado e prevenção durante crise de dengue no Paraná
Higiene das mãos e ao tossir seguem sendo fundamentais para controlar a disseminação dos vírus respiratórios. No caso da dengue, eliminar os focos do mosquito e usar repelente são as medidas mais indicadas para conter o avanço da doença.
Entretanto, o infectologista reforça a necessidade de manter o calendário vacinal em dia para todas as situações. Em princípio, a vacina é a melhor e mais eficaz forma de prevenir a maior parte das doenças, principalmente durante crises de dengue como a do Paraná. “No caso da COVID-19, depois de quatro ou seis meses da última dose, o nível de anticorpos começa a cair. Então, já pode tomar uma nova dose. Assim como acontece com a influenza, que a gente toma uma dose todo ano para corrigir novas variações da doença”, defende.
Além disso, hidratação e boa alimentação ajudam a manter bons índices de imunidade. A automedicação é contraindicada em todos os casos, mas, especialmente, em quadros de dengue.
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