Curitiba investiga segundo caso suspeito de varíola dos macacos

por Redação RIC.com.br
com informações da Prefeitura de Curitiba
Publicado em 5 jul 2022, às 06h23. Atualizado às 21h20.

Curitiba investiga o segundo caso suspeito de monkeypox, popularmente conhecida como varíola dos macacos, conforme informação da prefeitura, divulgada na tarde desta segunda-feira (4). A primeira confirmação da doença no Paraná ocorreu no domingo (3). O paciente é um homem de 31 anos morador da capital.

A nova suspeita, segundo a prefeitura, trata-se também de um caso importado da doença. O paciente é um homem de 29 anos. O município informou que, em princípio, não há qualquer vinculação entre os dois casos. Exames devem ou não confirmar o segundo caso.

O primeiro caso foi confirmado após a análise de amostras pelo Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen-PR). Em seguida, as amostras foram enviadas para um laboratório de referência em São Paulo.

O homem viajou para São Paulo entre os dias 16 a 18 de junho. No dia 24 de junho, ele foi até uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade relatando alergias na pele e febre Além da nova investigação em Curitiba, no domingo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) havia informado que outras duas suspeitas em Londrina, no norte, e em Cascavel, no oeste. Os pacientes são dois homens, de 27 e 39 anos, com histórico de viagens internacionais.

O que é a doença?

A varíola do macaco é uma doença viral e a transmissão ocorre por meio de contato com lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos contaminados. A doença causa erupções na pele, que geralmente se desenvolvem pelo rosto e se espalham para outras partes do corpo. Entre os principais sintomas estão febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, linfadenopatia, calafrios e fadiga.

Sem motivo para pânico

De acordo com a secretária de Saúde de Curitiba, Beatriz Battistella, não há motivo para pânico em relação a monkeypox. “Essa doença tem um prognóstico muito benigno. Ou seja, salvo raríssimas exceções, não há agravamento do paciente, bem diferente do quadro que tínhamos do coronavírus no início da pandemia”, completa.

Segundo ela, também não há transmissão comunitária do vírus na cidade, uma vez que o caso confirmado é importado. Beatriz explica que o vírus exige um contato mais íntimo, para que ocorra a transmissão.

“Ao contrário de outros vírus muito transmissíveis, como o coronavírus, o influenza ou o do sarampo, esse vírus deste tipo de varíola exige um contato direto principalmente com as lesões de pele para que ocorra a transmissão”,

explica a secretária.

Mesmo assim, segundo a secretária, o isolamento do paciente com suspeita é fundamental para não expor outras pessoas ao risco.