Coronavírus: veja quando procurar atendimento básico ou emergência
A covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, apresenta sintomas “leves” — quando não há necessidade de internação — em cerca de 85% dos casos. Nestas situações, as pessoas devem, apenas, permanecer em isolamento domiciliar. A recomendação é da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia), que, na quinta-feira (12), divulgou um informe com orientações sobre a situação da pandemia no Brasil.
Para evitar que portadores de resfriados comuns procurem desnecessariamente o pronto-socorro de hospitais, sejam da rede pública ou privada, o R7 conversou com o médico Helio Bacha, infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, sobre os sintomas da doença, em quais casos buscar o atendimento básico ou emergência, os cuidados de prevenção e, ainda, como diminuir os riscos de transmissão.
Coronavírus: Atendimento na unidade básica
Todas as pessoas com “sintomas respiratórios, mesmo que sejam de um resfriado comum”, precisam procurar unidades básicas de saúde.
“É diferente de hospital. Elas devem procurar o serviço médico, além disso, pessoas que tenham tido contato com indivíduos com suspeita ou caso confirmado, e, ainda, que tenham vindo de regiões como Europa, Estados Unidos”, alerta o médico.
Covid-19: Pronto-socorro
O atendimento de emergência é responsável por apenas 20% dos casos, sendo que em 15% há necessidade de internação fora da UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) e em menos de 5% dos casos é observado o uso de “suporte intensivo” durante o tratamento. Os dados são da SBI.
“Cerca de 10% dos casos vão apresentar quadros graves, como, por exemplo, insuficiência respiratória. Se tiver dores musculares, não só sintomas associados ao SARS-CoV2, até porque viroses podem apresentar doenças graves. Então, se a pessoa tiver desidratada, com falta de ar e febre, deve procurar o pronto-socorro”, orienta o infectologista.
A realização de exame laboratorial, no entanto, é recomendada apenas quando existir sintomas como tosse, febre e dificuldade para respirar, e também quando há ligação com casos suspeitos ou confirmados da doença.
Como se prevenir da pandemia
De acordo com a Sociedade Brasileira de Infectologia, as medidas preventivas que apresentam maior índice de eficácia são:
– Etiqueta respiratória (colocar as mãos na boca quando tossir);
– Higienização frequente das mãos (com água e sabão ou álcool gel a 70%);
– Identificação e isolamento de casos confirmados.
Quem convive com pessoas que se encaixam no grupo considerado de risco, imunossuprimidos — indivíduos em tratamento contra câncer, por exemplo —, portadores de doenças crônicas (diabetes e hipertensão) e idosos acima de 60 anos, precisa “redobrar a atenção caso apresente alguns dos sintomas”, orienta Bacha.