Coronavírus: pacientes assintomáticos também podem transmitir a doença COVID-19? Entenda.
Um dos assuntos mais falados acerca dos cuidados e prevenção do novo coronavírus é sobre os pacientes assintomáticos. Segundo um estudo recente realizado na Escola de Saúde Pública da Universidade Columbia, estima-se que 86% dos casos de Covid-19 registrados até 23 de janeiro na China, em Wuhan (epicentro da epidemia no país), eram representados por pacientes assintomáticos.
Mas o que isso significa? Estes pacientes são capazes de transmitir o novo coronavírus para outras pessoas? Descubra.
O que é um paciente assintomático?
Na medicina, um paciente assintomático é representado por um portador de uma doença que não manifesta sintomas. Esta situação é mais comum do que imagina-se e qualquer pessoa pode ter alguma doença sem saber, inclusive o novo coronavírus. Já foram constatados muitos casos de pacientes assintomáticos de coronavírus no mundo.
Pacientes assintomáticos podem transmitir Covid-19?
Estes casos infelizmente são situações difíceis de serem controladas. Uma pessoa que tem o vírus em seu organismo pode transmitir para outros indivíduos normalmente, independentemente se apresenta os sintomas ou não. O vírus está presente de qualquer forma, podendo assim contaminar outras pessoas.
Segundo Jeffrey Shaman, líder do estudo realizado na Escola de Saúde Pública da Universidade Columbia, “A explosão da epidemia na China foi amplamente impulsionada por indivíduos com sintomas leves ou ausentes, que passaram despercebidos”. A contaminação pode acontecer de maneira mais rápida e descontrolada quando se trata de pacientes assintomáticos, já que normalmente não há desconfiança de que a pessoa está doente.
Apesar de não desconfiar da doença pela falta de sintomas, pacientes assintomáticos podem sim ser descobertos e ter a doença diagnosticada. Nancy Belley, da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) explicou à Revista Abril que, os médicos podem solicitar o exame mesmo que o indivíduo não esteja doente. Ela ainda complementa: “Aquela adolescente paulistana, por exemplo, compareceu ao hospital por outro motivo. Mas, como esteve na Itália e poderia disseminar o vírus em um ambiente com muitas outras pessoas do grupo de risco, o teste foi feito”.