Comandado por Mandetta, Ministério da Saúde tem mais que o dobro da aprovação de Bolsonaro, diz Datafolha

por Gabriel Azevedo
com informações de agências
Publicado em 3 abr 2020, às 00h00.

Comandada pelo médico ortopedista Luiz Henrique Mandetta (DEM), o Ministério da Saúde alcançou aprovação de 76% dos eleitores brasileiros, de acordo com a pesquisa Datafolha, divulgada na tarde desta sexta-feira (3). O resultado é mais que o dobro da registrada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), com apenas 33%.

O levantamento foi realizado entre a última quarta-feira (1º) e a manhã de hoje. No levantamento anterior, feito entre 18 e 20 de março, a aprovação do Ministério da Saúde estava em 55%. A reprovação caiu de 12% para 5%. No caso de Bolsonaro, a aprovação estava em 35%. A desaprovação do presidente subiu de 33% para 39%.

A rejeição de Bolsonaro subiu entre moradores do Sudeste (de 34% para 41%), do Norte e do Centro-Oeste (salto de 24% em março para 34% em abril). O Nordeste é quem mais reprova o presidente, onde 42% dos entrevistados acham sua gestão da crise ruim ou péssima. O Sul é a região que melhor avalia o presidente, com 39%.

De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, para a pesquisa foram ouvidas 1.511 pessoas por telefone, para evitar contato pessoal. O levantamento tem margem de erro de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Presidente e governadores 

Na manhã desta sexta-feira, a XP Investimentos também divulgou uma pesquisa mostrando um desgaste da imagem do presidente Jair Bolsonaro diante da crise do novo coronavírus (covid-19).

A reprovação de Bolsonaro atingiu 42% em abril, depois de alcançar 36% em março de acordo com edição extra da “Pesquisa XP com a População”, realizada pela instituição em parceria com o instituto Ipespe. É o maior nível de avaliações ruins ou péssimas desde o início do mandato, mas ainda estável no limite da margem de erro da pesquisa, de 3,2 pontos porcentuais.

Ao mesmo tempo, a avaliação dos governadores disparou e a proporção que considera os governos dos chefes de Estados como positiva subiu de 26% para 44%, enquanto a avaliação negativa derreteu de 27% para 15%. A pesquisa ouviu 1.000 pessoas, por telefone, entre os dias 30 de março e primeiro de abril.