Caos na saúde: referência no Oeste do Paraná, Hospital Universitário está superlotado
O Hospital Universitário do Oeste Paraná, localizado em Cascavel, está superlotado. Segundo a assessoria do local, 73 leitos estão ocupados e aos poucos está acontecendo alta de pacientes, mas mesmo assim, o local segue recebendo a demanda da Central de Leitos. No fim da tarde de quinta-feira (16) quase 90 pessoas estavam nos corredores do hospital que é referência e atende cidades de cinco regionais.
Registros feitos dentro do hospital mostram pacientes em várias macas espalhadas pelos corredores e funcionários trabalhando dobrado para dar atendimento a todos os pacientes. A superlotação é também um reflexo do fechamento do Hospital do Coração. Fechado por ordem judicial em outubro de 2022, o hospital era responsável por 47 leitos SUS no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).
Com o fechamento, pacientes que poderiam ser direcionados ao Hospital do Coração foram encaminhados para outras unidades, incluindo o Universitário. O pronto-socorro tem limite máximo de 27 leitos, no entanto esse número é extrapolado diariamente. Atualmente 83 pessoas estão na enfermaria e seus estão em leitos de emergência hospitalar.
Por meio de nota, o Hospital Regional se posicionou sobre a superlotação no local. O Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP), vem por meio desta, esclarecer a situação de superlotação com mais de 80 pacientes ocorrida nesta quinta-feira (16), nos setores de Emergência e Pronto Socorro do HUOP. Os 83 pacientes internados na enfermaria e seis pacientes nos leitos de emergência hospitalar recebem atendimento médico da melhor forma possível com as equipes multidisciplinares do HUOP, que se desdobram para atender todos da melhor forma possível.”
Hospital do Coração
O impasse com a direção do hospital e os proprietários do prédio é antigo. O contrato de locação existe desde 2012. Em 2017, os donos alegaram inadimplência no pagamento, e de lá pra cá, outras movimentações levaram a uma disputa judicial.
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O problema seria resolvido de outra forma: uma nova empresa de saúde assumiria o aluguel e os serviços prestados, mas a empresa desistiu porque teria que assumir também a dívida deixada pelo hospital do coração, que ultrapassa 10 milhões de reais. O resultado é o fechamento do hospital sem um substituto.