Câncer de mama: prevenção e diagnóstico precoce como o seu melhor aliado
Você sabia que somente em 2020 o Instituto Nacional de Câncer (INCA) registrou cerca de 66.280 novos casos de câncer de mama no Brasil? Os dados representam 29,7% das mulheres, o que torna o trabalho de prevenção e conscientização ainda mais importante.
No último mês de outubro, queremos te lembrar alguns cuidados imprescindíveis para combater essa doença. Vamos juntos?
Câncer de mama é o mais incidente em mulheres do mundo todo
Em todo o mundo, o câncer de mama é o mais incidente em mulheres, e é considerado a quinta causa de morte mais comum por câncer e a causa mais frequente de morte por câncer em mulheres.
No Brasil, a estimativa de 2020 é que a incidência de câncer de mama em mulheres tenha sido de 43,74 casos a cada 100.000 mulheres.
Conforme o INCA, o câncer de mama corresponde as anormalidades proliferativas nos lóbulos e ductos da mama, e o sintoma mais comum é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular.
Além disso, outros sinais do câncer de mama são edema cutâneo semelhante a casca de laranja; retração cutânea; dor, inversão do mamilo, hiperemia, descamação ou ulceração do mamilo; e secreção papilar, especialmente quando é unilateral e espontânea.
“A secreção associada ao câncer geralmente é transparente, podendo ser rosada ou avermelhada devido à presença de glóbulos vermelhos. Podem também surgir linfonodos palpáveis na axila”, explica o INCA.
Câncer de mama tende a crescer progressivamente a partir dos 40 anos
A princípio, a maior incidência do câncer de mama acontece progressivamente a partir dos 40 anos, assim como a mortalidade por essa neoplasia.
Na população feminina abaixo de 40 anos, conforme o INCA, ocorrem menos de 10 óbitos a cada 100 mil mulheres, enquanto na faixa etária a partir de 60 anos o risco é 10 vezes maior.
“O câncer de mama não tem uma causa única. Diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença, tais como: idade, fatores endócrinos/história reprodutiva, fatores comportamentais/ambientais e fatores genéticos/hereditários”, afirma o Instituto Nacional de Câncer.
Segundo o INCA, os fatores endócrinos/história reprodutiva estão relacionados principalmente ao estímulo estrogênico, seja endógeno ou exógeno, com aumento do risco quanto maior for a exposição. Esses fatores incluem: história de menarca precoce (idade da primeira menstruação menor que 12 anos), menopausa tardia (após os 55 anos), primeira gravidez após os 30 anos, nuliparidade, uso de contraceptivos orais (estrogênio-progesterona) e terapia de reposição hormonal pós-menopausa (estrogênio-progesterona).
Já os fatores comportamentais/ambientais incluem a ingestão de bebida alcoólica, sobrepeso e obesidade na pós-menopausa, e exposição à radiação ionizante. O tabagismo, por exemplo, é um fator estudado ao longo dos anos com resultados contraditórios, é atualmente reconhecido pela International Agency for Research on Cancer (IARC) como agente carcinogênico com limitada evidência de aumento do risco de câncer de mama em humanos.
Os fatores genéticos/hereditários estão relacionados à presença de mutações em determinados genes, especialmente BRCA1 e BRCA2. Mulheres que possuem vários casos de câncer de mama e/ou pelo menos um caso de câncer de ovário em parentes consanguíneos, sobretudo em idade jovem, ou câncer de mama em homem também em parente consanguíneo, podem ter predisposição genética e são consideradas de maior risco para a doença. O câncer de mama de caráter hereditário corresponde, por sua vez, a apenas 5% a 10% do total de casos.
12 dicas para prevenir o câncer de mama
- Não fume;
- Alimentação saudável protege contra o câncer;
- Mantenha o peso corporal adequado;
- Pratique atividades físicas;
- Amamente;
- Mulheres entre 25 e 64 anos devem fazer o exame preventivo do câncer do colo do útero a cada três anos;
- Vacine contra o HPV as meninas de 9 a 14 anos e os meninos de 11 a 14 anos;
- Vacine contra a hepatite B;
- Evite a ingestão de bebidas alcoólicas;
- Evite comer carne processada;
- Evite a exposição ao sol entre 10h e 16h, e use sempre proteção adequada, como chapéu, barraca e protetor solar, inclusive nos lábios;
- Evite exposição a agentes cancerígenos no trabalho.