Bolsonaro diz que auxílio emergencial não vai durar muito tempo
O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou, na manhã desta quarta-feira (5), que “não dá para continuar muito” a liberar o auxílio emergencial de R$ 600 a trabalhadores informais por causa do impacto da medida na economia, que, segundo ele, representa R$ 50 bilhões mensais.
No momento em que o Brasil se aproxima das 100 mil mortes por covid-19, Bolsonaro voltou a criticar governadores que mantém medidas de isolamento social nos Estados.
“Começou a pagar a quarta parcela (do auxílio emergencial) e depois tem a quinta. Não dá para continuar muito porque por mês custa R$ 50 bilhões. A economia tem que continuar. E alguns governadores teimam ainda em manter tudo fechado”, disse Bolsonaro a apoiadores, na saída do Palácio da Alvorada.
Ao ser questionado sobre a eventual prorrogação do auxílio emergencial para micro empresários por outro apoiador, o presidente afirmou que o assunto precisa ser tratado com o ministro da Economia, Paulo Guedes. “Não sei dizer, tem que ver com o Paulo Guedes. Nós já gastamos, o Brasil já gastou, eu não, já gastou R$ 700 bilhões com a covid”, declarou.
Auxílio emergencial
O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou nesta quarta-feira, 5, que o governo avalia a reformulação do auxílio emergencial de R$ 600 pagos mensalmente a trabalhadores desempregados e informais, além de beneficiários do Bolsa Família, durante a pandemia de covid-19.
“Vamos estudar junto com o Congresso a reformulação do auxílio emergencial junto com a criação do Renda Brasil. Ainda temos pelo menos um, dois meses pela frente de dificuldades”, afirmou Guedes, em audiência pública na Comissão Mista Temporária da Reforma Tributária.
O governo estuda estender o auxílio emergencial até o fim de 2020.
A ideia é que o benefício seja prorrogado até dezembro, mas o valor das próximas prestações (setembro, outubro, novembro e dezembro) deve ser menor do que os R$ 600. Ainda não foi batido o martelo, mas uma das opções é pagar R$ 200 nesses meses.