INTELIGÊNCIA EMOCIONAL: Quer aumentar a sua? - Parte IV
Este é o quarto e último artigo da série de Inteligência Emocional. Vamos trazer aqui mais práticas para te ajudar a desenvolver a sua.
Mas se você ainda não leu os três primeiros artigos da série, é bem importante que faça esta leitura para que as práticas tragam os resultados esperados.
Vimos que o primeiro passo para ter um emocional mais inteligente é justamente ter mais consciência de como funciona o mecanismo das emoções para cada um de nós. Abordamos o assunto visto por diferentes ciências e já sugerimos uma série de práticas.
Quero compartilhar agora com você, um método que aprendi com a Programação Neurolinguística há aproximadamente 25 anos atrás, e aplico até hoje com resultados incríveis!
Uma das formas de provocar emoções, sejam elas destrutivas ou positivas, é por meio dos nossos pensamentos. A PNL ensina que isso funciona como um sistema: Pensamentos – Sentimentos – Comportamentos.
Os pensamentos são o começo do sistema. Dependendo da forma como este sistema é iniciado, todo o restante é consequência. Se alimento pensamentos negativos, meus sentimentos correspondem e meus comportamentos também.
Gosto de contar uma história real que aconteceu comigo logo que me mudei para um lugar muito mais frio do que minha terra natal. Eu viajava bastante à trabalho, e teria que deixar meu marido e minha filha pela primeira vez sozinhos num inverno rigoroso com temperaturas entre zero e dois graus. Antes de sair de casa, como toda mãe cuidadosa, deixei mil recomendações para terem cuidado com o frio que não estávamos acostumados. Mas embarquei preocupada…
Meus pensamentos no avião giravam em torno desta preocupação. Será que meu marido iria agasalhar bem minha filha para a escola? E se ela ficasse com muito frio? Certamente ficaria gripada! E numa verdadeira espiral descendente já conseguia visualizar minha filha com pneumonia!
Essas alturas meus sentimentos eram de angústia e ansiedade. Como estava no avião, não teria como fazer nada naquele momento. Mas sabia que logo após o pouso, eu ligaria para meu marido e adotaria um comportamento muito chato de continuar dando mil recomendações.
Mas como naquela época já tinha aprendido o modelo da PNL – Programação Neurolinguística, e estava treinando para incorporá-lo, consegui me dar conta ainda dentro do avião e acalmar meus pensamentos e sentimentos para não ligar para meu marido depois do pouso e poder inclusive aproveitar a viagem naquele momento presente. Nem que fosse para conseguir dormir! Eu interrompi a espiral descendente.
E o mais interessante é que quando voltei para casa da viagem de trabalho, nada de mal tinha acontecido. Minha filha estava saudável e os dois estavam satisfeitos pela experiência de se virarem sozinhos no novo ambiente. Procurei registrar isso em minha mente de forma bem consciente. Como aprendizado para próximas situações de “pré – ocupação”, ou seja, ocupar-se antes da hora com algo que nem sei se vai acontecer!
Se o mesmo sistema for iniciado por pensamentos positivos, numa espiral ascendente, todo o restante corresponde da mesma maneira. E esta é a boa notícia! Você pode fazer por escolha própria o exercício de trocar pensamentos tóxicos por pensamentos positivos.
Esta é uma das práticas mais poderosas que já conheci para desenvolver nossa Inteligência Emocional. Pode parecer um pouco artificial ou mecânico no princípio, trocar pensamentos negativos por positivos. Mas encare como um exercício. Um treino mesmo. O objetivo é trocar o foco do seu cérebro para algo que te faça bem. Você pode usar qualquer pensamento positivo. Pode se lembrar de situações alegres da sua vida, pode agradecer por aquilo que está correndo bem em sua vida… E pode até substituir pensamentos por orações. Seus sentimentos vão responder positivamente, e seu comportamento também. E melhor ainda: se você estiver vivendo algum desafio ou problema, a tendência é ter até mais facilidade de buscar soluções diferentes quando o foco do seu cérebro está no positivo e suas emoções estão mais equilibradas.
Que tal ser agora seu próprio cientista? Experimente!
Artigo escrito por Marta Cordeiro de Mello, Co-fundadora da Felicitie Inspirando Pessoas.
Site: www.felicitie.com.br – Instagram: @felicitie_inspirando_pessoas