São Paulo, 8 – O volume de vendas da BRF caiu 1,7% no Brasil durante o terceiro trimestre de 2019, ante igual período de 2018, para 559 mil toneladas, informou a companhia em balanço financeiro. Segundo a empresa, esse movimento foi mais acentuado no segmento in natura (-3%), em virtude da intensificação das vendas dessa categoria na segunda metade do ano passado como iniciativa para equalização dos estoques naquele período, para auxílio na redução do nível de matéria-prima congelada. Em contrapartida, a receita líquida para o período subiu 6,3%, para R$ 4,382 bilhões.
Na avaliação da companhia, o desempenho favorável no preço médio de venda e um melhor mix de canais e de produtos foram mais que suficientes para compensar o aumento de 3,3% do custo médio unitário, na variação anual, consequência de menores volumes de produção durante o terceiro trimestre de 2019. Assim, a margem bruta expandiu 3,5 pontos porcentuais na comparação anual, atingindo 24,6% no terceiro trimestre de 2019, o melhor resultado dos últimos 3 anos.
As despesas com vendas, gerais e administrativas cresceram 10,4% no comparativo anual por causa de maiores despesas judiciais, no montante de R$ 57 milhões no período, decorrentes da finalização de processos trabalhistas ingressados até 2017.
“Importante reiterar que a companhia registrou um ganho de R$ 467 milhões relacionado à exclusão do ICMS da base de PIS/Cofins no Ebitda ajustado do Segmento Brasil”, ressaltou a BRF.
Adicionalmente, a adoção do IFRS16 representou um montante de R$ 74 milhões no Ebitda ajustado no terceiro trimestre de 2019.